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23 de janeiro de 2013

Correr sem top adequado pode causar flacidez nos seios


O movimento dos seios durante a prática de exercícios como a corrida pode provocar a distensão das fibras de colágeno do tecido mamário.

O "balanço" contribui para a flacidez dos seios, acelerando a sua queda, caso não se use um top com sustentação adequada, de acordo com Jomar Souza, médico do esporte e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

Para Souza, os efeitos são sentidos a longo prazo. "Com o impacto da corrida, se as mamas não estão protegidas, as fibras de colágeno vão se estirar e se tornar menos resistentes. Ao longo dos anos, isso pode fazer com que as mamas caiam. A olhos vistos, a primeira coisa que a mulher pode perceber são estrias."


Mulher correndo no parque Ibirapuera, em São Paulo - Joel Silva -16.jul.2009/Folhapress

Mulheres praticantes de outros esportes também precisam ter atenção ao uso de tops, segundo Moisés Cohen, ortopedista, professor da Unifesp e diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte. "A flacidez não é uma consequência da corrida em si, mas sim reflexo do movimento dos seios, que acontece também em atividades com saltos."

Para corredoras que possuam prótese de silicone nos seios, a orientação é checar com o cirurgião plástico que cuidados devem ser tomados. "É preciso verificar com o médico se a prótese colocada suporta bem esse balanço", diz Souza.

Segundo o médico, apesar do efeito sobre os seios, é incorreto dizer que a corrida causa flacidez em outras partes do corpo que também estão sujeitas a balançar durante a atividade, como a pele do rosto e os glúteos. "Nessas regiões não se tem tecido com peso necessário para causar estiramento das fibras", afirma Souza.

Tathiana Parmigiano, ginecologista especializada no atendimento de esportistas, alerta que mulheres atletas que se alimentam mal e não se hidratam o suficiente podem ter a firmeza da pele prejudicada como um todo.
"Pode haver uma queda nos níveis de estrogênio [hormônio feminino], provocando uma desidratação da pele a nível celular, o que leva a uma perda de elasticidade." Para Parmigiano, no entanto, o exercício sozinho não causaria flacidez.

RISCO DE LESÕES

Correr com sustentação insuficiente nos seios eleva significativamente a força exigida das pernas, aumentando o impacto contra o chão em até 27%, o que faz crescer o risco de lesões.

As conclusões foram encontradas pelo Grupo de Pesquisa da Saúde da Mama da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, que, desde 2005, analisa em laboratório mulheres com seios de diferentes tamanhos realizando exercícios físicos e atividades cotidianas.

De acordo com as pesquisas, tops esportivos reduzem a atividade do músculo peitoral em torno de 55%.
Em seus estudos, o grupo conseguiu mapear a trajetória do movimentos dos seios, que, além do deslocamento no sentido vertical --o mais fácil de ser notado--, também se movem para os lados e de dentro para fora durante os exercícios.

O "desenho" do deslocamento dos seios aproxima-se ao formato de uma borboleta ou de um número oito. "Eles se movem independentemente do corpo durante a corrida, sendo que 50% do movimento ocorre na direção vertical, 25% para frente e para trás e de 25% no sentido lateral", diz Debbie Risius, pesquisadora sênior do grupo, em entrevista à Folha.

Os efeitos em relação à flacidez dos seios, contudo, ainda não foram pesquisados pelo grupo. "Sentir dor no seios durante o exercício, naturalmente, pode indicar algum dano aos tecidos, no entanto não temos certeza dos efeitos a longo prazo", diz Risius.

Até 72% das mulheres, segundo estimativas do grupo, apresentam dor nos seios durante a prática de exercícios.

TOP DE COMPRESSÃO

Com preços que chegam a R$ 160 --em média, três vezes mais caros do que um modelo comum--, os chamados tops de compressão prometem que os seios balancem o mínimo possível durante o exercício. O diferencial dessas peças, fabricadas por marcas de artigos esportivos, é o tecido mais firme, que "prende" melhor os seios.

Apesar de ter de ficar justo, o top precisa, especialmente, ser confortável de vestir. "Se ficar muito apertado, pode causar dor, assaduras na pele e até limitar o movimento respiratório", alerta Souza, que indica que as corredoras tenham tops que se ajustem bem também no período menstrual, quando os seios costumam ficar mais inchados e doloridos.

Para Adriana Piacsek, treinadora especializada em corrida para mulheres, o modelo de top deve ser escolhido de acordo com a preferência de cada corredora. "Tem gente que gosta mais do modelo nadador [em formato de "x" nas costas], porque dá um suporte maior, mas tem outras que preferem alças retas. O importante é se sentir bem."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br

Fonte: http://www.medicinadoesporte.org.br/midia_100113.htm

Correr ajuda na prevenção do câncer de mama


Não é de hoje que estudos demonstram que mulheres fisicamente ativas têm menores chances de ser vítimas do câncer de mama, o mais mortal dos tumores malignos entre a população feminina de todo o planeta. Ainda assim, no Brasil, as taxas de mortalidade por causa da doença continuam nas alturas — 12.500 mortes ao ano, em média, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A novidade é que além de prevenir a doença, os esportes de alta performance, como a corrida, produzem nas mulheres já curadas do câncer uma espécie de barreira protetora, que impede a reincidência da doença, além de atuar a favor da saúde do coração delas. Motivos de sobra para tirar aquele tênis de corrida do armário.

Bem, pelo menos é o que sugerem os cientistas do Sports Medicine Center de Florença, da Itália, autores de um estudo apresentado recentemente no encontro do The American College of Sports Medicine, nos EUA. O trabalho mapeou por quatro anos a experiência de 30 atletas remadoras e ex-vítimas do câncer de mama. A expectativa era de que o esporte apresentasse significativo impacto sobre o desempenho do miocárdio das pacientes. Teoria comprovada, uma vez que a frequência cardíaca de repouso delas passou a ser menor após os anos de treinamento. A surpresa ficou por conta da descoberta de que atividades físicas adequadas, como a corrida e a caminhada rápida, permitem reduzir em 50% o risco de retorno do câncer de mama.

Segura, coração!

Para entender a importância da pesquisa, basta lembrar que as pacientes que vencem a batalha contra a doença podem, por vezes, ser submetidas a medicações vigorosas e técnicas como quimio ou radioterapia, responsáveis por enfraquecer a máquina do coração. “Daí a importância dos bons resultados desse estudo, como a melhora do condicionamento cardiorrespiratório por meio da prática de atividades físicas intensas, como a corrida”, avalia o oncologista Artur Malzyner, do Hospital Israelita Albert Einstein, além de membro da European Society for Medical Oncology.

Essa, digamos, parceria entre a atividade física e o coração funciona da seguinte forma: ao acelerar as passadas na pista, a corredora aumenta a eficiência do seu músculo cardíaco, permitindo que uma mesma quantidade de sangue seja bombeada por minuto, mas com menor número de batimentos do coração.

Tem mais, o exercício intenso dá um up no sistema imunológico, também escalado na luta contra as células cancerígenas.

Corrida com musculação

Especialmente no controle da obesidade versus diagnóstico de câncer, o esporte de alto rendimento é um grande aliado da mulher. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), Jomar Souza, “o tecido gorduroso funciona como uma usina de substâncias tóxicas, inclusive em casos de câncer de mama”. Daí a importância de se manter o corpo magro, sequinho. Atualmente, a comunidade científica já bate o martelo para a ideia de que obesidade provoca o acúmulo de substâncias parentes da insulina no organismo, capazes de estimular a multiplicação sem controle de células malignas.

Além de reduzir o risco de doenças cardiovasculares, a corrida ajuda as vítimas do câncer a emagrecer e manter o peso, com o consequente fortalecimento da autoestima — o que afasta o risco de elas caírem em depressão. De quebra, pode ser útil na recuperação física pós-cirurgia nas mamas, desde que aliada à musculação e ao pilates. A dobradinha corrida-musculação favorece o restabelecimento dos movimentos do corpo, dá força aos ombros e alivia a rigidez característica nas costas. Mas (atenção para o detalhe) só vale iniciar as séries e repetições sob orientação médica.

Retorno gradual e progressivo

A decisão de correr exige o aval de um oncologista, de um cirurgião plástico e de um médico do esporte. E não se pode ter pressa, sob o risco de queda do sistema imunológico. Com a liberação em mãos, de quatro a seis meses após o tratamento, o retorno deve ser gradual e progressivo. Assim, os sistemas cardiovascular, respiratório e musculoesquelético têm chance de se (re)adaptar às exigências do exercício. “O esporte competitivo não pode ser retomado imediatamente à fase final do tratamento, já que as pacientes ainda estão imunocomprometidas, e o treinamento intenso pode acentuar essa queda do sistema imunológico”, alerta Raphael Fraga, cardiologista do Hospital Samaritano. Além disso, o retorno desorganizado pode causar má cicatrização, sobrecarga cardiovascular, arritmias, exaustão precoce, distensões musculares e até fraturas. Já com o organismo preparado para encarar as atividades físicas, mulheres que sofreram com o câncer de mama podem encarar a corrida com a mesma energia com a qual enfrentaram o difícil tratamento.

As outras, que não tiveram de lutar essa batalha, fiquem de olho na prevenção, avancem nos treinos e deixem para trás o risco de fazer parte das estatísticas de vítimas da doença.

Fontes: Artur Malzyne, consultor científico da Clínica de Oncologia Médica, médico do Hospital Israelita Albert Einstein e membro da European Society for Medical Oncology; Jomar Souza, médico pós-graduado em medicina do sporte pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atual presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE ); e Raphael Fraga, cardiologista do Hospital Samaritano.

Fonte: http://o2porminuto.com.br

Fonte: http://www.medicinadoesporte.org.br/midia_200113.htm