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30 de julho de 2012

Dormir bem é essencial para melhorar o desempenho no esporte

Postura inadequada durante o sono pode agravar processos como contraturas, osteoporose e má circulação


A posição mais indicada para se dormir é sempre de lado, em posição de decúbito lateral.


Foto: Claudia Baartsch / Agencia RBS







O sono é essencial para o funcionamento das funções fisiológicas e psicológicas do organismo. Enquanto dormimos, o corpo produz hormônios e substâncias que desempenham papéis vitais. Portanto, eliminar esse descanso da nossa rotina compromete o equilíbrio do organismo.

Conforme a fisioterapeuta Carolina de Oliveira, um atleta precisa ter, além de uma boa alimentação, noites de sono de qualidade. A privação do sono pode significar queda no desempenho, com a apresentação de sinais de cansaço, agitação, alteração no humor, entre outros sintomas prejudiciais para treinos e competições de atletas amadores e profissionais.

— Todos nós precisamos ter um sono de qualidade para que possamos ter saúde e bem-estar. No caso dos atletas, que utilizam seu corpo como ferramenta de trabalho, eles precisam ter uma rotina de noites bem dormidas para repor as energias gastas na prática do esporte — explica a fisioterapeuta.

Dormir mal aumenta a atividade da adrenalina no corpo, fazendo com que ele permaneça em estado de alerta e estresse. Além de interferir no rendimento das atividades diárias, noites mal dormidas podem agravar processos como contraturas, osteoporose e má circulação. A longo prazo, pode encurtar a expectativa de vida, desencadeando problemas metabólicos (como obesidade e diabetes), aumentando doenças cardiovasculares e diminuindo o rendimento físico e mental.

Confira algumas dicas da fisioterapeuta para dormir bem e treinar melhor:

:: O sono de qualidade começa com uma postura correta e bem alinhada. O ideal é alinhar a coluna cervical com a lombar, melhorando a circulação sanguínea e facilitando os estímulos elétricos enviados pelo cérebro aos órgãos do corpo.

:: O travesseiro correto e de suporte apropriado faz com que a postura de descanso favoreça a anatomia fisiológica da coluna, além de evitar torções e inflamações dos tecidos, que podem ser lesões extremamente prejudiciais para um atleta.

:: A posição mais indicada para se dormir é sempre de lado, em posição de decúbito lateral. Essa posição não pode ser confundida com a posição fetal, onde se faz uma flexão exacerbada em toda a coluna vertebral, prejudicando-a com o passar dos dias.

:: Ao deitar de lado, deve-se usar um travesseiro para apoio da cabeça, em uma altura que se encaixe perfeitamente entre ela e o colchão, formando assim, um ângulo de 90 graus no pescoço e outro entre os joelhos, que deverão estar preferencialmente semiflexionados.


Inverno propicia surgimento de varizes. Mito ou verdade?

Especialista em cirurgia vascular desvenda mitos e verdades de problemas circulatórios

Meias de compressão podem ajudar a circulação sanguínea e consequentemente evitar o aparecimento de varizes

Foto: Hanna Zabielska / Stock.xchng



 
Ficar muito tempo de pé ou sentado, sedentarismo, má alimentação, uso do cigarro e de pílulas anticoncepcionais, além da tendência hereditária, são alguns dos fatores que contribuem para o desenvolvimento de problemas circulatórios nas pernas.

As consequências mais comuns desses hábitos são o surgimento de vasinhos, varizes e edemas de natureza linfática, nos casos mais graves. Problemas circulatórios podem ser prevenidos com dieta saudável, abolição do tabagismo, evitando excesso de peso, com a utilização das meias de compressão e a prática regular de exercícios físicos. No caso das meias há diversas graduações de compressão específicas para cada estágio de problema circulatório.

O médico Celso Ricardo Bregalda Neves, da Divisão de Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo desvenda alguns mitos e verdades em torno dos problemas circulatórios.

:: O inverno faz com que surjam mais varizes.

Verdade. Por conta do frio, as pessoas tendem a se exercitar menos e a consumir alimentos mais calóricos, ocasionando o surgimento de algumas complicações vasculares, como problemas circulatórios periféricos, além de varizes e vasinhos nas pernas.

:: Grávidas estão mais propensas a problemas circulatórios.

Verdade. Durante a gravidez o volume de sangue circulando pelo organismo aumenta. Também há o crescimento do útero, responsável por exercer forte pressão nas veias da região pélvica e na veia cava inferior, que drena o sangue proveniente dos membros inferiores e cavidade abdominal. Isso faz com que a pressão sanguínea nas veias das pernas seja maior, influenciando o desenvolvimento de doenças venosas. Com os vasos recebendo maior volume de sangue, podem surgir problemas circulatórios nos membros inferiores e, no caso de mulheres que já convivem com o problema, pode ocorrer piora e aparecimento de dores e desconforto.

:: Homens não estão sujeitos a problemas circulatórios.

Mito. Dores, inchaços e sensação de peso nas pernas não são sintomas que acometem apenas as mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, um em cada cinco homens sofre com problemas circulatórios, em especial com as varizes — veias que ficam tortuosas, alongadas e dilatadas devido a diversos fatores, como alterações hormonais, hereditariedade, obesidade, cigarro, vida sedentária, entre outros. Um estudo desenvolvido em Israel e nos Estados Unidos aponta que 3% dos homens e 20% das mulheres têm varizes aos 30 anos de idade. Aos 70 anos, até 70% das pessoas podem apresentar varizes dos membros inferiores.

:: Meias de compressão ajudam a tratar problemas de circulação.

Verdade. Meias de compressão graduada contribuem para a prevenção e tratamento das varizes, problemas circulatórios durante e após a gravidez, casos acentuados de inchaços, pós-cirurgia de varizes e edemas de natureza linfática. A compressão graduada garante uma maior compressão no tornozelo e diminui à medida que sobe em direção à coxa, facilitando e melhorando a circulação sanguínea. Existem modelos masculinos e femininos, com suave, média, alta e extra alta compressão.


 

23 de julho de 2012

Exercícios físicos: reciclagem do corpo

O trabalho que é realizado pelas células gera resíduos nocivos que, se não removidos para a lixeira, comprometem seu trabalho e o de suas companheiras.

Todas as casas, empresas e indústrias produzem, inevitavelmente, lixo. São restos de alimentos, embalagens, produtos tóxicos. Sem uma limpeza adequada, todo esse lixo se acumula até o ponto em que atrapalha o nosso dia a dia. Pois algo semelhante acontece com o nosso corpo.

O trabalho que é realizado pelas células gera resíduos nocivos que, se não removidos para a lixeira, comprometem seu trabalho e o de suas companheiras.

No entanto, existe em nosso organismo um mecanismo responsável por eliminar essa sujeira, mantendo nosso corpo saudável, é a autofagia. Mas em vez de jogar fora essas toxinas, a autofagia reutiliza o entulho em prol do bom funcionamento celular.

Uma pesquisa feita com camundongos na Universidade do Sudoeste do Texas, nos Estados Unidos, revelou que a prática de exercícios físicos auxilia essa reciclagem. O estudo comprova que o estímulo da atividade esportiva, entre outros benefícios, leva para longe um dos males que mais crescem atualmente: o diabete.

“No tecido muscular, a autofagia facilita o aproveitamento da glicose e, com isso, evita picos de açúcar no sangue que culminam no transtorno”, afirma Congcong He, a autora do levantamento.

A autofagia também explicaria o fato de a atividade física barrar o aparecimento de outras doenças, como o câncer: “ela diminui o risco de mutações que desencadeiam tumores”, explica a cientista.

Uma das razões que ajuda a esclarecer o motivo de sessões na academia rejuvenescerem o corpo: um sistema eficaz de reciclagem no organismo baixa a concentração de radicais livres, moléculas capazes de lesar toda a célula, inclusive seu DNA.

Em alguns casos, porém, nem mesmo uma equipe de limpeza altamente preparada consegue livrar certas células de todo o resíduo acumulado. Quando a situação é mais crítica, elas costumam se desligar em um completo processo denominado apoptose. “É uma autofagia de célula inteira. E os exercícios aprimoram essa ação de defesa”, diz Marcelo Aisen, oncologista do Centro Paulista de Oncologia, em São Paulo. Reduzindo a probabilidade de que algum pedacinho do nosso corpo escape da coleta seletiva e gere estragos nas imediações, podendo levar ao câncer.

Os especialistas no entanto pedem cautela: “trata-se de uma descoberta novíssima e, por isso, há muito para estudar antes de compreendermos suas implicações à saúde de cada um”, pondera o Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Iomar Souza.

O estudo não avaliou a dose ideal de atividade física. Porém, a pesquisa sugere que a regularidade é a peça-chave para que a autofagia seja realmente eficiente.



13 de julho de 2012

Joelhos saudáveis aumentam a expectativa de vida

Cuidar dessa importante peça do nosso aparelho locomotor não previne apenas dores e limitações no cotidiano como também reflete na longevidade

Cada passo gera um impacto equivalente a duas vezes o peso do corpo sobre o joelho quando caminhamos. Durante uma corrida, a sobrecarga é igual a multiplicar por seis o total de quilos de uma pessoa. Portanto, está aí uma articulação que trabalha pesado — e que muitas vezes sofre. Até porque a saúde dessa engrenagem natural não é prioridade de boa parte dos indivíduos por supostamente afetar muito pouco o resto do organismo. Supostamente. Um estudo proveniente dos Estados Unidos mostra que não é bem assim. O biomecânico Scott Lovald, da empresa de consultoria científica Exponent, ao lado de um time de pesquisadores, avaliou registros médicos de 134 458 pacientes com artrose avançada nessa junta — quadro em que a colocação de uma prótese costuma ser indicada por melhorar a movimentação e até proteger o restante dos ossos. Acredite se quiser, os indivíduos submetidos a essa cirurgia tiveram, sete anos depois, uma taxa de sobrevida 50% maior em comparação com quem não passou por ela.


“A prótese está longe de ser solução para todos os casos”, reconhece Lovald. “O importante é mostrar que o tratamento adequado de problemas no joelho promove um bom funcionamento do corpo inteiro.” A afirmação parece exagerada. Porém, quando essa articulação apresenta panes, qualquer tarefa que exija das pernas fica difícil. “A inatividade física está relacionada a obesidade, colesterol alto, diabete, hipertensão e outros fatores que trazem prejuízos dos pés à cabeça”, enumera José Kawazoe Lazzoli, cardiologista da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Que fique claro: o simples fato de percorrer distâncias mínimas e não ficar sentado o tempo todo já traz benefícios. Portanto, nem quem se considera sedentário pode negligenciar a maquinaria localizada entre a canela e a coxa.


O conjunto de ossos, ligamentos e cartilagens dos joelhos está intimamente relacionado à nossa independência. “Desgastes graves praticamente impossibilitam um indivíduo de andar até o supermercado da esquina, subir alguns degraus ou agachar para calçar os sapatos”, relata Luiz Eugênio Garcez Leme, geriatra do Hospital das Clínicas paulistano. “Alguém nessa situação obviamente perde parte de sua autonomia, o que contribui para o surgimento de transtornos psiquiátricos diversos”, arremata. Doenças como a depressão não preocupam meramente por comprometerem o bem-estar. Elas também abatem as defesas do organismo e, aí, patrocinam uma série de males que levam a riscos de vida. Não à toa, determinados distúrbios mentais são associados a taxas elevadas de mortalidade.


Não há justificativa para a instalação de uma prótese, é claro, quando a artrose está em estágio inicial. Na Suécia, mais especificamente na Universidade de Lund, cientistas averiguaram que um joelho, digamos, biônico de fato reduzia o número de óbitos no grupo examinado. Mas só nos primeiros 12 anos após a cirurgia. Depois desse período, o cenário mudava completamente — a população com as peças naturais tendia a viver mais do que a turma operada. Tudo teria a ver com o fato de a prótese ser menos resistente do que a versão original e, por isso, com o passar dos anos demandar restrições que repercutiriam no dia a dia. “Esses dispositivos têm prazo de validade. Com o tempo, um novo procedimento cirúrgico, que sempre possui seus riscos, se faz necessário para trocá-los”, pondera o ortopedista Paulo Henrique Araújo, da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho.


Fica claro então que, para se proteger da artrose e de suas consequências, a palavra-chave é prevenção. Só falta ressaltar um ponto essencial: tropeções menos sérios, por assim dizer, a exemplo de lesões pequenas no menisco ou nos ligamentos cruzados, muitas vezes antecipam o processo degenerativo da junta. “Eles podem provocar alterações imperceptíveis ou instabilidade nos movimentos, dois fatores com potencial para acelerar o desgaste”, esclarece Geraldo Granata Júnior, ortopedista da Universidade Federal de São Paulo. Em outras palavras, desconfortos precisam levantar suspeita e ser comunicados a um especialista. Quando falamos em joelho, o diagnóstico precoce de qualquer problema, por menor que seja, é sinônimo de tratamento menos traumático e muito eficaz.

Alguns bons cuidados
Por mais que cargas em excesso sejam danosas, em doses adequadas o impacto é benéfico. “É que ele estimula a formação óssea”, explica Granata Júnior. Daí a importância de caminhar, correr ou realizar outras atividades que tragam um contato constante entre os pés e o solo. Puxar ferro na academia também ajuda, porque fortalece os músculos dos membros inferiores. Em forma, eles amortecem a sobrecarga imposta sobre a articulação, aplacando o risco de contusões. “Manter uma boa flexibilidade é igualmente essencial”, lembra Araújo. “Tanto que se recomendam alongamentos independentemente de o sujeito praticar ou não um esporte naquele dia.”


Agora, antes de largar o sedentarismo, passe por uma avaliação que inclua, além dos conhecidos testes cardiológicos, exames ortopédicos. “Nenhum joelho é igual, e essa investigação permite ao médico conhecer particularidades para liberar a pessoa com segurança para se exercitar ou até restringir certas modalidades”, resume Granata Júnior. Ao adotar as medidas protetoras, essa articulação transportará seu corpo por anos a fio.


Perigos mal articulados
Atitudes supostamente inofensivas danificam os joelhos

Correr na valeta
Por ser inclinada, ela deixa a pisada completamente torta. Isso, por sua vez, traz repercussões dolorosas no aparelho locomotor.

Descer ladeiras
As brecadas constantes, quase inconscientes, agridem aos poucos a articulação. Ao atravessar trechos íngremes, maneire no ritmo.

Ficar tempo demais na cadeira
A flexão contínua sobrecarrega a patela, o pequeno osso que fica na frente dessa junta. Outra razão para se levantar a cada hora no escritório.

Sentar-se sobre os pés
Além de o peso do corpo ficar mal distribuído, pernas totalmente dobradas forçam bastante a articulação.

Não tomar banhos de sol
Os raios solares são vitais para a produção de vitamina D, nutriente que transporta cálcio até os joelhos, deixando-os firmes.


Quando optar pela cirurgia?
Idade, extensão do quadro e quais atividades físicas o indivíduo faz: esses são os três fatores principais analisados pelos médicos ao decidir se um defeito qualquer será resolvido no bisturi ou por meio de técnicas como a fisioterapia. Jovens que praticam esportes com mudanças de direção e apresentam uma lesão grave correm maior risco de serem operados. 52 • As outras articulações “O tornozelo e o quadril são outras peças fundamentais para os membros inferiores se moverem”, lembra Luiz Eugênio Garcez Leme, geriatra do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Assim, eles também merecem atenção, porque influenciam demais na qualidade de vida”, completa. Até ombros, cotovelos e pulsos demandam zelo nesse sentido, porque interferem na mobilidade dos braços e, consequentemente, em atividades cotidianas se estão lesionados.


Fonte: http://saude.abril.com.br/

Fonte: http://www.medicinadoesporte.org.br/midia_080712.htm