«Oficina da Saúde: A academia que sempre busca a qualidade de vida promovendo o bem estar físico e mental de seus clientes!«

1 de junho de 2012

Bebês e Gravidez - Ponto de Vista

Os Benefícios e Riscos do Exercício Físico na Gestação

Autor: Professor Bruno Fischer Membro do Gease

Diversos estudos tem demonstrado os verdadeiros benefícios do exercício físico para gestantes, porém devido a mudanças fisiológicas, morfológicas e psicológicas, a mulher grávida tem que ser engajada em um programa de treinamento bem planejado, promovendo assim a sua segurança e a do feto (8).
Existem numerosos benefícios biológicos e psicológicos do exercício durante a gestação:



  Manutenção ou melhora do condicionamento físico   Menor ganho de peso e adiposidade materna Diminuição de complicações obstétricas Menor risco de parto prematuro Diminuição do risco de diabetes gestacional Menor hospitalização e diminuição na incidência de cesárea Melhora da auto-estima e auto-imagem Melhora da sensação de bem estar Diminuição da sensação de isolamento social Diminuição da ansiedade, do estresse e do risco de depressão.

A participação de grávidas em exercícios de baixa e média intensidade e na maioria das atividades recreacionais, geralmente não apresentam nenhum tipo de risco para a mãe ou para o feto; por outro lado a participação em atividades mais intensas e esportes tem que ser bem analisadas individualmente devido ao fato de existir risco potencial (1). Para mulheres previamente bem condicionadas e atletas é possível realizar exercícios com mais intensidade sem comprometimento fetal e sem risco materno (7). Algumas atividades apresentam baixo risco, outras apresentam médio risco e outras são desfavoráveis sendo totalmente contra-indicadas. Atividades de baixo risco

Esse tipo de atividade é recomendada até para grávidas sedentárias, são elas a caminhada, ciclismo, yoga, tai-chi-chuan, natação, hidroginástica, etc. Atividades aquáticas, principalmente a hidroginástica, tem sido bastante difundidas, pois são atividades com um bom componente aeróbio, pouco estresse articular, promovem a melhora da termoregulação, diminuição da resistência vascular renal, incremento do fluxo sanguíneo e da filtração renal causada pela pressão hidrostática.
Atividades de médio risco

Tênis, squash, patinação (não indicada para iniciantes devido o risco de queda), ginástica aeróbica, corridas e musculação são exemplos de atividades de médio risco. A musculação é dentre esses exercícios o que tem maior controvérsia, uma vez que existem poucas publicações acerca desse tema. Estudos utilizando treinamento de força com cargas moderadas e evitando contração isométrica máxima , não tem demonstrado efeitos deletérios e sim benefícios como o incremento de força e flexibilidade (8). O treinamento com pesos pode favorecer o fortalecimento muscular fazendo com que a grávida suporte melhor seu peso, melhore o centro de gravidade, tenha facilidade em realizar tarefas do dia a dia, melhore a postura e principalmente favorece a diminuição de lombalgias.
Atividades desfavoráveis

Qualquer exercício físico de alto impacto, ou esportes de contato físico e risco de trauma devem ser desaconselhados. Esportes como voleibol, basquetebol, futebol, esqui aquático, hipismo ou mergulho possuem grande risco para mãe e principalmente para o feto.
Recomendações gerais

Uma série de recomendações e preucações são de suma importância para uma prática segura da atividade física, são elas:



Evitar incremento da temperatura corporal Evitar fases anaeróbias Evitar exaustão e fadiga Evitar exercícios em posição supina Evitar manobra de Valsalva Realizar aquecimento e esfriamento Adequada ingestão calórica e boa hidratação Alerta aos sinais de desidratação e sobretreinamento

Conclusão

Sem sombra de dúvidas o exercício físico bem orientado traz vários benefícios tanto para a saúde materna, quanto para o feto. Por outro lado o exercício mal orientado e feito de forma indiscriminada traz vários riscos. A hipoxia, hipertermia, parto prematuro, menor peso fetal, diabetes gestacional e risco de aborto espontâneo são alguns dos riscos que podem acontecer durante a gravidez. É imprescindível o acompanhamento de um médico especialista para avaliar possíveis riscos e de um profissional de educação física para a elaboração de um programa adequado.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
ACOG committee opinion. Exercise during pregnancy and the postpartum period. Int J Gynaecol Obstet. 2002 Apr;77(1):79-81

BROWN W. The benefits of physical activity during pregnancy. J Sci Med Sport. 2002 Mar;5(1):37-45.

HATCH MC, SHU XO, McLEAN DE, LEVIN B, BEGG M, REUSS L, SUSSER M. Maternal exercise during pregnancy, physical fitness, and fetal growth. Am J Epidemiol. 1993 May 15;137(10):1105-14

JARSKI RW, TRIPPETT DL.. The risks and benefits of exercise during pregnancy. J Fam Pract. 1990 Feb;30(2):185-9

KARDEL KR, KASE T. Training in pregnant women: effects on fetal development and birth. Am J Obstet Gynecol. 1998 Feb;178(2):280-6

KRAMER MS. Aerobic exercise for women during pregnancy. Cochrane Database Syst Rev. 2002;(2):CD000180

LUMBERS ER.Exercise in pregnancy: physiological basis of exercise prescription for the pregnant woman. J Sci Med Sport. 2002 Mar;5(1):20-31

SMA statement the benefits and risks of exercise during pregnancy. Sport Medicine Australia. J Sci Med Sport. 2002 Mar;5(1):11-9

STERNFELD B. Physical activity and pregnancy outcome. Review and recommendations. Sports Med. 1997 Jan;23(1):33-47.


Data da Publicação: 27/11/2003


Fonte: http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_frame.asp?cod_noticia=1265

Cinco pecados comuns nas academias

Conheça as armadilhas que podem sabotar o seu treino e saiba como fugir delas

Mesmo quando corpo e mente se enchem de determinação para eliminar de vez o sedentarismo, alguns tropeços podem tornar o caminho mais longo ou desviar o objetivo principal de emagrecer, fortalecer e, claro, ser mais saudável. Para manter o foco, alguns cuidados são essenciais para evitar esforços desnecessários, perda de tempo e até mesmo lesões graves. Selecionamos cinco pecados cometidos frequentemente durante os treinos. Confira!

1. Focar só os exercícios aeróbios e esquecer a musculação

Para perder peso e gastar calorias, muita gente opta por realizar atividades que envolvem suar muito e não fazer força. Mas esse é uma estratégia que pode não dar certo. Segundo a educadora física Ana Dâmaso, integrante do grupo de estudos da obesidade da Universidade de São Paulo (USP), as atividades aeróbias, como caminhada, spinning e corrida, são mais efetivas para a redução de gordura no corpo, mas não são suficientes para manter a Taxa Metabólica de Repouso (TMR) em alta - ou seja, o gasto do corpo quando não está em movimento. Uma pessoa que possui a TMR elevada, por exemplo, tem mais facilidade para perder peso, pois o organismo trabalha mais rapidamente durante a queima de energia. Além do consumo calórico mais intenso, a combinação de exercícios aeróbios e musculação também favorece a substituição da gordura corporal por músculos, deixando o corpo mais firme e livre de lipídios ameaçadores à saúde. "Os dois tipos de atividade, juntos, são mais efetivos no controle dos processos inflamatórios associados à obesidade, diminuindo, então, os riscos de diabete, doenças cardiovasculares, gordura no fígado e hipertensão", afirma. O especialista em medicina esportiva Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), ressalta também que a musculação reduz a velocidade da perda de massa muscular que vem com a idade. "O ideal é que os grupos musculares sejam exercitados em dias alternados para permitir sua recuperação, prevenindo uma sobrecarga e, consequentemente, lesões", ele orienta.

2. Não realizar pausas entre as séries de exercícios

O descanso é essencial para manter a qualidade do treino e repor os estoques de creatina fostato (CP), moléculas usadas para gerar a energia de alta intensidade típica da musculação. O organismo precisa de três a cinco minutos para se recompor após o esforço. A educadora física Alessandra Dianin, da Bio Ritmo Academia, salienta que as pausas programadas fazem parte do treino. "Se fizermos uma série com muitas repetições, precisamos de intervalos entre elas. Caso esse tempo não seja respeitado, a terceira e as demais repetições provavelmente não serão com o mesmo ritmo das primeiras, comprometendo o exercício", explica a professora. Consequência? O treino é bem mais doloroso e os resultados, pífios.

3. Evitar a ingestão de líquidos para o ponteiro da balança não subir

Se você acha que suar ajuda a emagrecer, atenção: a sudorese, ou suor, é uma reação do corpo para reduzir a temperatura que se eleva durante o exercício físico. "A redução de peso com a perda de suor é sinal da desidratação do corpo e não da perda de gordura", esclarece Jomar Souza. "Sem uma hidratação adequada, a temperatura central do corpo pode se elevar de maneira perigosa, resultando em hipertermia. O ideal é que o praticante de exercícios beba cerca de 200 ml de água, o que equivale a um copo a cada 20 ou 30 minutos de atividade, principalmente em locais com temperatura e umidade elevadas", completa. No caso de treinamentos mais longos, isotônicos são boas pedidas.

4. Exagerar no peso para compensar as faltas em treinos

Se deixou a musculação de lado por alguns dias, não tente usar a lei da compensação com cargas mais pesadas nos aparelhos. Ultrapassar a quantidade de quilos e de repetições indicados pelo educador físico aumenta o risco de se machucar. Pode haver um desgaste precoce das articulações e até mesmo lesões completas de tendões, exigindo até intervenção cirúrgica para a reparação dos mesmos. O ideal é conversar com o instrutor e checar se a carga está adequada. Se ficar sem treinar por algum tempo, os resultados se perdem, sim, e muito rápido. "Mas não é possível recuperar todos os treinos em falta de uma hora para outra", esclarece Alessandra Dianin, educadora física da Bio Ritmo.

5. Ignorar os instrutores em busca de resultados rápidos

O profissional de educação física tem o conhecimento teórico e prático necessário para orientar as pessoas sobre a forma correta de praticar exercícios, sem o risco de se machucar. A postura de sabe-tudo do aluno, além de colocar o corpo à mercê de lesões, certamente não vai proporcionar os efeitos desejados. "Tanto o treinamento aeróbio quanto o de musculação devem ser indicados por profissionais especializados", comenta Ana Dâmaso. Mesmo aqueles que treinam há muito tempo não estão preparados para decidir qual é o momento de mudar a sequência de exercícios e podem errar a mão no planjeamento de um trabalho a longo prazo. Não existem resultados grandiosos em pouco tempo. Alessandra acrescenta que as mudanças visíveis levam algum tempo. "A adaptação é gradativa justamente para evitar lesões e para que o corpo se acostume lentamente, dando resultados mais duradouros", explica.