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16 de fevereiro de 2012

Atividades físicas diminuem risco de morte precoce em 40%

Muitas pesquisas já evidenciaram a relação direta entre a prática de atividades físicas e a melhora na saúde. Agora, um estudo publicado noInternacional Journal of Epidemology investigou a ligação entre os diferentes níveis de exercícios, incluindo trabalhos domésticos, transporte e lazer, com todas as causas de mortalidade. O projeto foi realizado com a colaboração de cientistas de saúde pública e epidemiologistas das Universities of Bern, localizadas na Suíça e no Reino Unido.

A pesquisa foi baseada na revisão de 80 estudos que, no total, contabilizaram um milhão e trezentas mil pessoas. Os participantes foram acompanhados por cerca de 11 anos e tiveram avaliados fatores influentes no risco de morte prematura, como tabagismo, consumo de álcool, pressão arterial e nutrição.

Os resultados apontaram que pessoas que fazem uma hora de atividades diárias ou de lazer de intensidade leve a moderada, como jardinagem, caminhada, bicicleta e tarefas domésticas, têm um risco 4% menor de mortalidade precoce. A porcentagem sobe para 9% quando as atividades são intensas e aeróbicas.

Já aqueles que seguiam a recomendação mínima estipulada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 150 minutos de exercício físico regular semanalmente, o risco de mortalidade era 22%. Por fim, aqueles que realizavam cerca de 300 minutos de exercícios físicos moderados por semana apresentaram um risco de mortalidade precoce 40% menor.

Para os cientistas, a mensagem é clara: qualquer atividade física é melhor do que o sedentarismo e mesmo as atividades físicas diárias as quais estamos sujeitos estão associadas a um risco de mortalidade precoce menor. No entanto, aqueles que pretendem começar um treino precisam procurar orientação profissional e não devem exagerar na intensidade para não sofrer lesões e eventos cardíacos adversos.

Aposte em exercícios para a saúde do seu coração
Para garantir um coração saudável, os médicos recomendam um remédio milagroso: movimentar o corpo. Quando fazemos exercícios regularmente, o coração trabalha com mais eficiência e sem ter que fazer tanto esforço. O sangue flui melhor e as artérias e vasos ficam mais flexíveis e saudáveis. Tudo isso previne o risco de doenças cardiovasculares, como infarto, colesterol alto, derrame e hipertensão. Assim, confira, a seguir, algumas opções de atividades que favorecem a saúde cardiovascular.

1. Corrida
De acordo com o médico do esporte Ricardo Munir Nahas, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), depois de algum tempo de prática, seu organismo passa a economizar energia para realizar algumas tarefas. Essa economia gerada pelo condicionamento físico é que impede que ele se sobrecarregue, facilitando o controle de pressão, colesterol e peso.

2. Caminhada ao ar livre Para afastar o perigo da hipertensão, aposte nas caminhadas. As passadas reduzem a pressão arterial na primeira hora e, o que é melhor ainda, essa queda se mantém nas 24 horas seguintes. Essa foi a conclusão de uma pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP. Isso acontece porque durante a prática do exercício, o fluxo de sangue aumenta, levando os vasos sanguíneos a se expandirem, diminuindo a pressão.

3. Natação São vários os benefícios de quem opta pela modalidade, principalmente quando se está fora de forma. Dois desses benefícios são o baixo impacto nas articulações e a melhora do processo cardiorrespiratório.

4. Varie os exercícios Os grandes especialistas em saúde cardiovascular sugerem que a variação da modalidade é mais benéfica do que a manutenção da mesma atividade aeróbia. "Desta forma, se eu faço natação na segunda-feira, corrida na quarta-feira e pedalo no final de semana, eu propicio maior benefício à saúde cardiovascular do que a mantendo o mesmo gasto esportivo", aponta o professor de educação-física. A variação de treino contínuo e intervalado também mostrou-se mais eficaz no aumento do consumo de oxigênio.



Dicas para proteger os joelhos durante os exercícios

Durante as atividades físicas, é preciso tomar cuidado para não provocar lesões, principalmente nos joelhos. Essas articulações são muito exigidas durante certas práticas esportivas e prevenir problemas acaba sendo mais fácil do que tratá-los.

Um dos cuidados que deve ter com o joelho é em relação ao sobrepeso. Quando se pensa em membros inferiores, leva-se em consideração a força de reação do solo, ou seja, o atrito dessas articulações no chão.

"O impacto é sempre proporcional ao peso do atleta. Quando a pessoa anda, joga 50% do seu peso no joelho. Ao correr, essa força chega a três vezes o peso e ao saltar o impacto chega a ser medido em toneladas", explica Dr. Ricardo Munir Nahas, especialista em Medicina do Esporte e Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).

Para amenizar a carga que jogamos sobre os joelhos, devemos começar pelos alongamentos. "Estes movimentos aumentam a amplitude da articulação. Quanto mais flexível ela estiver, melhor distribuída será a carga sobre ela e menos danos serão causados", diz Dr. Nahas.

O especialista garante que todo exercício causa algum tipo de dano. Logo, é preciso saber dosar o peso jogado sobre os joelhos para evitar problemas posteriores. "Step e spinning podem ser feitos, mas não todos os dias! O ideal é que se deixe um intervalo para a articulação se recuperar", esclarece.

Atividades como agachamento devem ser sempre supervisionadas por um educador. É muito comum o aluno pegar o plano de aula e fazer a série sozinho, o que não é correto. "Outra dica importante é o autoconhecimento. A própria pessoa sabe seus limites. E com a ajuda de um médico do esporte, terá conhecimento dos exercícios que poderá realizar, dentro dos objetivos a serem alcançados".

Os "atletas esporádicos" também precisam ficar atentos. Não há problemas em jogar futebol apenas uma vez por semana, mas se não houver uma preparação física ao longo da semana, como alongamentos e fortalecimento muscular, o risco de lesão pode ser alto.
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"O mesmo acontece com que está acostumado a correr todo dia e de repente tira férias de um mês. Ao retomar a atividade, não dá para manter o mesmo ritmo. Se ele corria 3km por dia, terá que correr 1,5km para readaptar o corpo", alerta.


Dr. Ricardo finaliza ratificando o que dissemos no começo desta matéria: o melhor é prevenir as lesões, pois elas costumam ser de difícil tratamento. "A pessoa pode realizar atividades físicas, mas deve sempre seguir as orientações de um especialista.".


Faz bem para o coração

Dez exercícios físicos que vão deixar o seu coração mais saudável do que nunca

Para deixar o coração funcionando a todo o vapor, não existe milagre. É unânime entre os médicos que comer bem e fazer exercícios com regularidade é a única maneira de manter a saúde nos trinques. No entanto, da mesma maneira que comida saudável parece ser sinônimo de comida insossa (e não é!), a atividade física carrega um estereótipo de ser chata e desgastante. Porém, existem muitas atividades físicas que podem ser feitas com muito prazer. Basta escolher a que mais combina com seu estilo de vida.

Comer bem é simplesmente evitar a ingestão de alimentos que contenham substâncias prejudiciais para nosso organismo. E a atividade física, qual é a sua importância para a saúde? Quem responde é José Kawazoe Lazzoli, especialista em Medicina do Esporte e Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE). Segundo ele, "do ponto de vista fisiológico, a atividade física (AF) praticada regularmente aumenta a capacidade funcional e, na prática, faz com que as tarefas do dia-a-dia se tornem mais fáceis de serem executadas. Do ponto de vista clínico, a prática regular de AF reduz a possibilidade de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e serve também como coadjuvante no tratamento dessas mesmas doenças".

Há quem diga que 30 minutos de AF, três vezes por semana, seja suficiente para garantir um coração saudável, mas o médico afirma que quanto mais, melhor. "O ideal é chegarmos a pelo menos 30 minutos por dia, pelo menos cinco vezes por semana. Se o indivíduo está sedentário há muito tempo, vale a pena chegar a esse volume gradativamente, para não sobrecarregar ossos, músculos e articulações. Do ponto de vista de saúde e, dependendo dos objetivos, a atividade também pode ser dividida em 'séries' (ao invés de fazer meia hora de atividade, fazer dois tempos de 15 minutos)", indica Lazzoli.

Para começar, não adianta querer copiar a série de atividades que um maratonista faz. O exercício deve ser adaptado à idade, condicionamento físico e saúde de cada um. "Se o indivíduo com mais de 50 anos for realmente saudável, a restrição seria apenas o seu próprio grau de condicionamento físico. É importante lembrar que o exercício físico deve ser individualizado, de acordo com as características do indivíduo e dos seus objetivos. Devemos lembrar também que muitas doenças cardiovasculares são absolutamente silenciosas (e, obviamente, mais frequentes nessa faixa etária), o que torna muito importante a realização de uma avaliação médica pré-participação", explica o médico.

Não, as opções de atividades físicas que fazem bem para o coração não se restringem a caminhar pela praça ou pegar peso na academia. São inúmeras as possibilidades e, com certeza, tem alguma que combina com você. No entanto, Lazzoli destaca que, "de uma forma geral, é necessário ter uma orientação correta quanto à 'dose' do exercício físico. Ou seja, frequência semanal, intensidade, tipo de exercício". Veja a seguir uma lista com dez opções de atividades que fazem bem para o seu coração.

1. Andar:
Nessa faixa etária é necessário ter atenção com o local de caminhada (muitos idosos já não têm a mesma acuidade visual e podem se lesionar ou sofrer quedas em pisos e terrenos irregulares). Também é importante estar atento a um calçado desportivo que seja adequado para o tipo de pisada e que tenha uma boa tecnologia de absorção de impacto.

2. Exercício em casa (subir escadas):
Subir escadas é interessante no dia-a-dia, mas é necessário estar atento para prevenir acidentes.


3. Bicicleta:
As precauções dizem respeito ao trânsito onde se pretende pedalar. Se for um cicloergômetro (bicicleta estacionária), é mais seguro e é importante regular adequadamente a altura do selim e estar atento à intensidade (pode-se controlar pela frequência cardíaca).

4. Natação:
Um excelente tipo de exercício, desde que seja praticado com uma orientação profissional adequada. Hoje em dia, muitos indivíduos acima de 50 anos estão participando de competições de natação master.

5. Academia:
Em uma academia de bom padrão, há muitas opções para todas as faixas etárias. Desde exercícios aeróbicos (esteira, cicloergômetro, natação, hidroginástica), passando por musculação, dança de salão e alongamento. O interessante em uma estrutura como essa é a possibilidade de ter diferentes opções.

6. Dança:
Um excelente exercício aeróbico. Para a saúde, não é necessário fazer todos os dias o mesmo tipo de atividade. Assim, fica como uma ótima opção.

7. Tai Chi Chuan / Ioga:
Serve para estresse e flexibilidade. Porém, do ponto de vista aeróbico, não traz muitos benefícios.


8. Hidroginástica:
Uma opção excelente de exercício aeróbico para aqueles que têm que evitar impacto por alguma razão (p.ex., problemas de coluna lombar, joelho, etc).

9. Pilates:
Uma opção para trabalhar força estática. Não é a minha preferida.


10. Alongamento:
Músculos alongados permitem uma maior amplitude de movimento e isso se reflete em uma maior facilidade para diversas tarefas do dia-a-dia.



Como entrar em forma após o parto

Depois de nove meses de espera, a chegada do bebê dá inicio a uma nova vida. Desse momento em diante, entre sorrisos e alegrias que o nascimento de um filho proporciona, uma nova batalha começa a ser travada na vida da mãe: entrar em forma. “Meu filho nasceu há quatro meses e não consigo perder peso e continuo engordando. Antes eu pesava 58kg, no final da gravidez 68kg. Agora estou com 70kg.” O drama vivido pela paulistana Juliana Azevedo é igual ao de muitas mulheres que lutam arduamente contra a balança e a flacidez após o parto.

Para emagrecer com saúde, sem cirurgia, é preciso paciência, perseverança e prevenção. Quem não se lembra da cantora Cláudia Leitte que 25 dias após o parto de seu filho Davi já exibia a barriguinha em forma no carnaval em Salvador? Tal façanha só foi possível porque antes de dar a luz Cláudia tinha excelente condicionamento físico ganho pela prática de exercícios. Segundo a bióloga, bioquímica, doutora em sociologia da ciência e professora na área de treinamento e esportes de força Marília Coutinho, a volta à atividade física deve ser feita imediatamente após o parto. “Desde que seja seguro (pelos procedimentos cirúrgicos), a mulher deve se manter ativa o tempo todo. As recomendações do American College of Sports Medicine é que a atividade física seja feita antes, durante e depois do parto. Mulheres condicionadas recuperam o peso anterior mais rapidamente e evitam flacidez abdominal” Explica a especialista. Essa foi a experiência da engenheira carioca Renata Campello, de 35 anos. “Não foi difícil voltar ao meu corpo, mas creio que foi assim porque malhei até o oitavo mês de gravidez, fazia inclusive spinning só que num ritmo mais lento, é claro, e liberada pela minha médica.”

De acordo com a Dra. Viviane Monteiro, ginecologista e obstetra, especializada em Medicina Fetal e Gestação de Alto Risco, o tipo de procedimento na realização do parto (normal ou cesárea) não tem grande interferência em seu retorno às atividades físicas, mas é importante que se tenha sempre em mente que a liberação deve ocorrer apenas na consulta com o ginecologista programada para 30 dias após o parto. “Antes disso, as atividades estão proibidas e, geralmente, o especialista recomenda que se reinicie a prática de exercícios após 45 dias do parto, desde que tudo tenha corrido bem na recuperação do processo cirúrgico”, ressalta a médica.

A polêmica gira em torno do tipo de atividade que deve ser feita. Para Marília Coutinho a mulher grávida precisa fundamentalmente de força e prevenir os desconfortos causados pelas transformações da gravidez e os que virão no pós-parto. Além de muito trabalho postural, fortalecendo a estrutura estabilizadora e condicionamento geral. “Assim, o ideal são exercícios com a maior intensidade possível, feitas as devidas combinações de estímulo para proporcionar a aquisição de aptidão, que a gente chama de “periodização”, afirma Marília.

Para o Dr. Jomar Souza especialista em Medicina do Exercício e do Esporte e Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte – SBMEE, a mulher está se recuperando de um stress físico importante que é o próprio parto, seja ele natural ou cesáreo. Como a grávida não realiza exercícios vigorosos nos últimos meses de gestação, estes devem começar de maneira leve e com progressão gradual. ”Caso as condições físicas e médicas permitam, a mulher pode sim, após um período de adaptação, realizar exercícios vigorosos para reduzir o acúmulo de gordura e a flacidez muscular que ocorre de forma natural durante o período de gestação.” Defende o médico.

A Dra. Viviane explica que o que mais afeta o retorno ou não aos exercícios é a questão da amamentação, já que a prática de exercícios intensos pode incentivar a produção de hormônios que inibem a produção de leite. Quanto ao tipo de atividade, o ideal é que seja de leve a moderada e, se a pessoa já praticava atividades durante a gestação, que seja de mesmo tipo ou grau de intensidade, ao menos nas primeiras semanas. “Nunca indico às minhas pacientes que iniciem uma atividade diferente, que nunca tenham praticado anteriormente. As que corriam, por exemplo, podem aos poucos retomar as caminhadas e ir aumentando o nível progressivamente, sem exageros e somente com recomendação do seu ginecologista.”

De fato, mulheres lactantes têm uma adaptação curiosa: a produção de leite toma a prioridade sobre outras funções fisiológicas gastando muito energia para isso. O metabolismo aumenta e o gasto calórico pode chegar até 900 kcal. Por isso a mulher não deve nem pensar em fazer dietas hipocalóricas, ou seja, de baixa caloria. O cardápio deve ser equilibrado e as calorias devem ser adequadas de acordo com a composição corporal da mãe para evitar as carências nutricionais. Isso é essencial para a saúde da mulher e do bebê, para um bom funcionamento intestinal e para garantir a produção adequada de leite. “Com uma boa alimentação e a amamentação, a perda de peso é uma conseqüência.” Afirma a nutricionista e personal diet Renata Saffioti.

Os alimentos mais indicados são os grãos e cereais integrais, frutas, legumes e verduras. Os ricos em proteínas, cálcio e ferro também. São eles: leite e derivados, as carnes magras, gergelim, quinua, entre outros. Alguns alimentos ricos em gorduras saudáveis podem ser benéficos para mãe e para o bebe, como o abacate, azeite de oliva, castanhas, sementes e alguns peixes como o salmão. É importante que a mãe se mantenha hidratada, beber água e sucos de frutas naturais durante o dia é muito importante. “Variedade de alimentos é a chave para uma vida saudável e também para a perda de peso após o parto. Refeições coloridas não podem faltar na alimentação da lactante. Desta forma ela garante a quantidade de vitaminas e minerais necessárias para este período tão importante”, afirma a nutricionista.


Suplemento alimentar, fique atento aos riscos à saúde

É comum encontrar nas academias os conhecidos suplementos alimentares. Suas embalagens indicam benefício para qualquer tipo de treino, além da promessa de reduzir gordura, dar energia e aumentar a massa muscular.

Vale ressaltar que a recomendação de uso desses suplementos é restrita e deve ser feita somente sob orientação médica. Segundo médicos, se não forem utilizados com cautela, podem provocar graves problemas de saúde.

Atletas profissionais que praticam exercícios físicos com frequência e com muita intensidade, como maratonistas, complementam sua alimentação com os suplementos, já que necessitam de muita energia para suprir a quantidade de nutrientes gasta no ritmo dos treinos. Mesmo que uma pessoa faça exercícios três vezes por semana na academia, não gasta a mesma energia que um maratonista, tornando dispensável o uso dos suplementos alimentares. A forma mais correta de obter esse vigor e consequentemente resultados é retirar do cardápio as gorduras saturadas, sódio e açúcar e acrescentar fibras, sais minerais e vitaminas.

A nutricionista especialista em nutrição esportiva e docente do curso de nutrição da PUC-PR, Louise Saliba, afirma que “há quem deixe de se alimentar e passa o dia à base de suplementos variados, o que é muito perigoso. O ideal é que a pessoa mantenha um cardápio rico e balanceado e que os suplementos sejam só um adendo à sua dieta”.

Atenção aos alertas


As proteínas contidas em alguns suplementos alimentares podem causar deficiência no fígado e rins. Produtos com formulação enriquecida de carboidratos desequilibram as taxas de açúcar no sangue, podendo causar diabetes em quem tem predisposição. Suplementos com altos níveis de vitaminas podem desencadear uma intoxicação por excesso, ou seja, a pessoa excede os limites do organismo, e o risco à saúde ocorre quando há uma sobrecarga hepática.

O presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Jomar Souza, ainda alerta para o uso de anabolizantes: “São classificações diferentes. Os suplementos são formados por vitaminas e sais minerais que a pessoa encontra na alimentação normal e que ali estão concentrados em forma de pó, líquido ou cápsulas, enquanto os anabolizantes são medicações vendidas em farmácias, que tem uso restrito e são contraindicados para fins estéticos”. Os anabolizantes estão sendo receitados, atualmente, em casos de osteoporose, anemia grave, para alguns tipos de câncer de mama, para idosos com baixa hormonal ou para tratamento de desnutrição intensa.

Portanto, a forma mais saudável de adquirir um bom condicionamento físico é através da alimentação, sendo que os suplementos devem ser receitados após a constatação da real necessidade do paciente ou atleta.

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Só atletas devem consumir suplementos alimentares

O consumo excessivo ou de maneira inadequada desses produtos pode gerar excesso de peso, diabete, problemas renais e hepáticos

As promessas são inúmeras: de reduzir gorduras “em um passe de mágica” a aumentar a massa muscular em pouco tempo ou dar mais energia para os treinos. Quando o assunto é suplementos alimentares, há todo o tipo de indicação de benefícios nas embalagens dos produtos vendidos em academias e lojas especializadas. Os especialistas, porém, garantem: as sugestões de uso são bem restritas e o consumo sem orientação profissional pode desencadear em uma série de problemas graves à saúde.

O médico e presidente da Socie­­dade Brasileira de Medicina do Exer­­cício e do Esporte, Jomar Sou­za, explica que apenas pessoas que têm carga de atividade física muito intensa, como atletas profissionais, devem usar suplementação como forma de complementar a ingestão de nutrientes – e, consequentemente, sanar a demanda por energia – que a alimentação do dia a dia não é capaz de suprir. “Basta notar que um maratonista profissional precisa de uma quantidade muito grande de nutrientes para manter seu ritmo de treinos e competições, enquanto uma pessoa que faz exercícios na academia não.”

Segundo ele, no caso de pessoas que não praticam exercícios de maneira profissional, mas pensam em usar suplementação, a recomendação é marcar uma consulta com um médico ou nutricionista, fazer uma avaliação e descobrir se é realmente necessário complementar a dieta. “Só esses profissionais po­­dem fazer uma avaliação a partir do nível de atividade física da pessoa, seu gasto calórico e sua dieta para analisar se a alimentação do dia a dia é suficiente ou quais os suplementos mais indicados para o caso.”

Na maioria das vezes, uma reformulação do cardápio, tirando as gorduras saturadas, sódio e açúcar e apostando em gorduras insaturadas, fibras, vitaminas e sais minerais, já é suficiente para garantir bons resultados.

Os suplementos também não podem substituir os alimentos durante as refeições. “Há quem deixe de se alimentar e passa o dia à base de suplementos variados, o que é muito perigoso. O ideal é que a pessoa mantenha um cardápio rico e balanceado e que os suplementos sejam só um adendo à sua dieta”, comenta a nutricionista especialista em nutrição esportiva e professora do curso de Nu­­trição da Pontifícia Universidade Católica do Paraná Louise Saliba.

Problemas

Os riscos dos exageros e da falta de orientação são grandes. Suple­mentos com proteínas podem desencadear problemas nos rins ou no fígado, enquanto os de carboidratos causam desequilíbrio nos níveis de açúcar no sangue, o que favorece o desenvolvimento de diabete em quem tem fatores de risco para a doença. No caso dos enriquecidos com vitaminas, o risco é de ter uma intoxicação por excesso desse nutriente no organismo. “A pessoa passa do limite tolerável para o dia e pode ter uma sobrecarga hepática.”

Uso de anabolizantes é ainda mais restrito

Os especialistas esclarecem que anabolizantes não são considerados suplementos alimentares. “São classificações diferentes. Os suplementos são formados por vitaminas e sais minerais que a pessoa encontra na alimentação normal e que ali estão concentrados em forma de pó, líquido ou cápsulas, enquanto os anabolizantes são medicações vendidas em farmácias, que tem uso restrito e são contraindicados para fins estéticos”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Jomar Souza.

Atualmente, os anabolizantes são receitados para idosos com baixa hormonal, casos de osteoporose avançada, anemias graves, pacientes com desnutrição avançada e em alguns tipos de câncer de mama. “Mas, em todos os casos, há prescrição médica e a farmácia faz a retenção da receita para garantir o controle da venda.”

Segundo ele, é importante que as pessoas não comprem anabolizantes, porque grande parte é vendida de maneira ilegal para fins estéticos.
Cuidado
Produto não faz milagre
Apesar das inúmeras promessas nos rótulos dos produtos, é bom não se enganar: não adianta esperar por milagres. “Principalmente por causa da genética. Se a pessoa nasce com gene programado para ser magra e ter porcentual de gordura baixo, pode comer de tudo, fazer suplementação e levantar a academia inteira no supino, que não vai ter hipertrofia muscular”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Jomar Souza.
Para evitar decepções, o ideal é procurar acompanhamento médico e não se deixar levar pela ilusão de um corpo perfeito. “Não adianta projetar uma imagem impossível de ser alcançada porque isso não acontece do jeito que as pessoas esperam. Imaginar que qualquer um pode ficar com aquele aspecto musculoso é o caminho para o insucesso.”
Lista
Veja os tipos de suplementos mais comuns encontrados nas lojas e academias:
Proteína
É o preferido entre os que pretendem ter aumento de massa muscular, já que favorece a hipertrofia dos músculos.
Carboidratos
Ajuda a dar mais energia e garantir que a pessoa vai ter disposição para fazer a atividade no mesmo ritmo por tempo prolongado.
Creatina
É procurada por quem quer aumentar sua massa muscular, mas, segundo o médico Jomar Souza, sua ação é bem restrita. “Na verdade, a creatina não aumenta a massa muscular. Ela simplesmente estoca uma quantidade de água no músculo e gera um aumento de volume”, diz. Conforme a pessoa excreta essa água – seja pela urina ou pelo suor –, o inchaço some e o efeito desaparece.
Substituições
A nutricionista Louise Saliba explica que é fácil substituir os suplementos por alimentos. A carne é rica em proteínas, enquanto o arroz e o macarrão são excelentes fontes de carboidratos. Para quem faz exercícios, é preciso comer cereais integrais, frutas, verduras e legumes.
Venda
Para comprar um suplemento alimentar, não é preciso ter receita médica, a menos que o produto tenha diluição de medicamentos. A Anvisa é o órgão responsável por fiscalizar os produtos, mas não tem controle sobre as vendas. Os suplementos podem ser encontrados principalmente em academias e lojas especializadas.

14 de fevereiro de 2012

Prática de exercícios físicos pode ajudar no tratamento de portadores de doenças crônicas

Portadores de doenças crônicas muitas vezes temem que a prática de exercícios físicos possa agravar os males que sofrem. Programas individualizados para esses pacientes, porém, crescem como alternativas para uma vida mais saudável.
Os benefícios da prática de atividades físicas são indiscutíveis. O hábito de fazer exercícios, seja ao ar livre ou em academias, é defendido por cientistas e recomendado por médicos como um dos melhores caminhos para uma vida saudável. Quem sofre de doenças crônicas, porém, costuma ter dúvidas sobre se pode ou não se exercitar. Diabéticos, hipertensos, asmáticos ou portadores de males degenerativos como Alzheimer e Parkinson nem sempre sabem que mexer o corpo pode ser parte do tratamento da patologia, desde que os exercícios sejam personalizados e voltados para as necessidades e limitações de cada um.
Tanto médicos quanto os profissionais dedicados ao atendimento dessas pessoas não têm dúvidas: a atividade física não é apenas benéfica para manter o corpo em forma, ela melhora a resistência e o bem-estar daqueles que se tornaram reféns de doenças sem cura, reduzindo a chance de complicações e aumentando a qualidade de vida dos pacientes. O cardiologista José Roberto Barreto explica que, dependendo do problema, as restrições existem, mas jamais devem impedir a prática. Para os hipertensos, por exemplo, atividades com muito peso ou carga não são indicadas.
De maneira geral, os exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida e natação, são mais recomendados. Para os pacientes idosos, é importante também a musculação.
– Ela impede a atrofia muscular. A prática deve ser encarada como parte do tratamento. Trinta minutos de atividades, três vezes por semana, trazem benefícios importantíssimos – garante o médico.
O cardiologista considera que a prática esportiva é fundamental para controlar o estresse, fator comum em pacientes crônicos.
– Em muitos casos, conseguimos até suspender a prescrição de medicamentos como ansiolíticos e tranquilizantes, além de reduzir as drogas que controlam a doença em si – observa Barreto.
O endocrinologista Marco Antônio Vivolo afirma que a prática de atividade física também é uma aliada no controle do diabetes tipo 2, a quarta maior causa de mortes no mundo – representa cerca de 3,8 milhões de óbitos por ano. Com uma dieta balanceada, os exercícios auxiliam na redução e no controle da glicemia (concentração de glicose no sangue). Eles aceleram o metabolismo, queimam calorias e controlam o peso, além de melhorarem a circulação sanguínea.

É preciso conscientização

Segundo o endocrinologista Marco Antônio Vivolo, o maior desafio dos médicos é conscientizar os pacientes sobre a importância de ser ativo, de praticar exercícios. No rol das doenças crônicas, os diabéticos são os que mais se beneficiam da atividade física. Os aeróbicos auxiliam na metabolização do açúcar no sangue.
– Para aqueles que dependem de injeções de insulina, natação, caminhadas, pedaladas e corridas contribuem para que a frequência delas seja menor – pondera o endocrinologista.
Ele acrescenta que falar em cura não é apropriado, mas quando o diabetes é resultante do mau aproveitamento da insulina, o exercício físico pode estabilizar as taxas e até fazer com que a pessoa não precise de medicamentos.
O avaliador físico e professor de academia Helder Rodrigo de Souza explica que hipertensos, diabéticos, cardiopatas e pessoas com problemas de joelho e coluna exigem realmente cuidados especiais.
– Fazemos uma avaliação física detalhada, analisamos a história da pessoa, o laudo dos médicos e até os medicamentos que o paciente toma para planejar os exercícios ideais – enfatiza.
A servidora pública Simone Leal da Rosa, 39 anos, foi surpreendida com oito pedras nos rins há quatro. O problema, decorrente de uma osteoporose sem causa identificada, comprometeu o órgão. Nesse caso, a reposição de cálcio é contraindicada.
– O meu nefrologista receitou a musculação como remédio. Disse que ela equivale a um comprimido por dia e que jamais poderia deixar de fazer essa modalidade. Relutei, porque sempre fiz ginástica localizada e nunca gostei de musculação, mas não posso negar os benefícios. A osteoporose na coluna regrediu para uma osteopenia. Eu, que cheguei a fraturar os dedos da mão batendo palmas, nunca mais tive fraturas – comemora Simone.

Movimento que traz saúde

Veja alguns exemplos de como a atividade física regular pode ajudar a enfrentar doenças:

ASMA
- Melhora a mecânica respiratória e previne as alterações toráxicas e posturais
- Aumenta a tolerância ao exercício e a capacidade de trabalho, com menor desconforto e broncoespasmo

CÂNCER
- Contribui para a melhora da capacidade funcional e do sistema imunológico, além de reduzir a fadiga imposta pelo tratamento
- Diminui a perda de força muscular e da densidade mineral óssea

DIABETES
- Diminui a hemoglobina glicosilada
- Reduz fatores de risco, doenças cardiovasculares e a síndrome metabólica

FIBROMIALGIA
- Aumenta as endorfinas endógenas e diminui os pontos dolorosos
- Melhora a qualidade do sono e humor

OSTEOPOROSE
- Aumenta a massa óssea e melhora o equilíbrio
- Reduz o risco de quedas e possíveis fraturas

HIPERTENSÃO
- Diminui o sobrepeso, uma das principais causas da doença
- Diminui o risco de acidente cardiovascular

VARIZES
- Melhora a circulação periférica e a força dos membros inferiores, auxiliando no retorno venoso

HÉRNIA DE DISCO
- Reduz o sobrepeso e, consequentemente, a sobrecarga sobre as articulações da coluna vertebral
- Fortalece a musculatura paravertebral, abdominal e da área central do corpo

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/donna/noticia/2010/04/pratica-de-exercicios-fisicos-pode-ajudar-no-tratamento-de-portadores-de-doencas-cronicas-2874936.html

Estudo defende benefícios da musculação para crianças

Musculação infantil pode ser positiva, quando bem orientada, para crianças após os seis anos de idade

Muito se tem discutido a respeito da musculação para crianças. Há pesquisadores contra, outros a favor, mas uma nova pesquisa comprova que a musculação infantil pode ser positiva, quando bem orientada, para crianças após os seis anos de idade. O estado do Rio de Janeiro já tem academias com profissionais especializados com equipamentos destinados aos pequenos.

A pesquisa liderada pelo Institute of Training Science and Sports Informatics, em Colônia, na Alemanha, declarou que jovens , sem idade específica, que fizeram treino de resistência pelo menos duas vezes por semana, durante um mês ou mais, tiveram maior ganho de força que aqueles que se exercitavam apenas uma vez por semana ou por períodos mais curtos.

Responsáveis pela Academia Americana de Pediatria, o Colégio Americano de Medicina Esportiva e a Sociedade Canadense de Medicina Esportiva salientaram que tanto crianças quanto adolescentes se beneficiam da prática de musculação, e que a mesma não é proibida.

— A musculação, desde que liberada pelo pediatra e orientada por um profissional, pode trazer uma série de benefícios. Desde equilíbrio muscular, coordenação motora e até mesmo maior crescimento, podendo ser um tipo de atividade divertida, só respeitando as diferenças individuais — recomenda a profissional de educação física, tutora do Portal Educação, Bruna Morais.

Uma empresa de academia do Rio de Janeiro investiu nesse ramo com programa infantojuvenil. No local, equipamentos de musculação foram desenhados para crianças, como Leg Press, aparelhos de supino, remada, entre outros.

— A meta não é ganhar massa muscular. Usamos pouca carga e mais repetições, em duas ou no máximo três séries. Temos casos de crianças que vêm com indicação médica — declara a gerente dos programas Kids e Teens da academia Athletica Rio de Janeiro, Cláudia Rocha.

Segundo a gerente, nos pequenos é preciso melhorar a força, a potência, o equilíbrio, a flexibilidade, a coordenação, a velocidade, a resistência e a agilidade. Tudo isso pode ser encontrado nas atividades físicas.

Musculação, tão benéfica quanto remédios

Pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) constataram que exercícios de força - essencialmente, musculação - realizados por portadores de problemas moderados de pressão arterial obtêm resultados benéficos semelhantes aos registrados pela medicação contínua. A descoberta derruba o mito de que apenas as atividades aeróbicas (como natação e caminhada) surtiam efeitos positivos para o controle do mal. Outro benefício constatado é que, mesmo quatro semanas após a suspensão do exercício, a redução da pressão se manteve estável.

O coordenador do estudo, o biólogo molecular Ronaldo Araújo, explica que na literatura médica já tinham sido comprovados os benfícios dos exercícios aeróbicos no controle da hipertensão, embora não houvesse uma justificativa plausível para a não indicação da musculação para esses pacientes. Os resultados foram animadores. A média anterior da pressão era de 153 milímetros sistólica e 96 milímetros diastólica. Com o treino, essa taxa caiu para 137/84, e os pacientes obtiveram também aumento da força física e da flexibilidade. Os especialistas acreditam que vários mecanismos podem ter influenciado no resultado final, entre os quais a vasodilatação ou o aumento de força.

Um outro estudo, que acompanhou hipertensos por 27 anos, comprovou que quanto mais massa muscular o hipertenso tem, mais tempo ele vive. A explicação é que o aumento de músculo permite que o paciente execute as tarefas diárias sem precisar fazer muito esforço.

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