«Oficina da Saúde: A academia que sempre busca a qualidade de vida promovendo o bem estar físico e mental de seus clientes!«

19 de dezembro de 2012

Estou menor, por quê?

Com o passar dos anos as pessoas tendem a ficarem mais baixas por conta de alguns fatores, como sedentarismo, má postura e osteoporose
Vocês já devem ter ouvido falar que à medida que envelhecemos ficamos mais "baixinhos". Mas o que talvez poucos saibam é que ficar menor depende de vários fatores, desde individuais como raça, sexo, alimentação e sedentarismo, até localização geográfica por também estar relacionada com a ação da gravidade.
 
O envelhecimento provoca um achatamento dos discos intervertebrais, localizados entre os ossos da coluna. Este, segundo o médico Ricardo Munir Nahas, é uma das principais causas da diminuição da altura. O especialista em medicina do esporte lista ainda outros fatores que podem fazer com que você fique menor.
 
As mulheres com osteoporose, por exemplo, podem ter fraturas de vértebras que fazem com que se curvem e diminuam de altura. Já a falta de atividade física regular provoca perda de flexibilidade e de resistência muscular localizada, o que resulta em alterações posturais com diminuição da altura tanto em homens como em mulheres.
 
Cresça até 4 centímetros
 
Uma boa posição postural pode fazer alguém "crescer" entre dois e quatro centímetros. E os alongamentos são fundamentais para evitar problemas e dores musculares.
 
Proteínas ajudam a crescer
 
O cálcio é a substância que garante o crescimento saudável e a resistência dos ossos. Também ajuda a prevenir a osteoporose. Já a proteína é importante para o crescimento dos músculos. São fontes de cálcio o leite, queijo, manteiga, sardinha e espinafre. Proteínas podem ser encontradas em carnes, peixes, ovos, feijão e açaí.
 
Medidas recomendadas
 
Altura média para homens
Bebê: 50 centímetros
Criança (5 anos): 1,10 metro
Adolescente (12 anos): 1,50 metro
Adulto (30 anos): 1,73 metro
Idoso (70 anos): 1,70 metro
 
Altura média para mulheres
Bebê: 50 centímetros
Criança (5 anos): 1,10 metro
Adolescente (12 anos): 1,53 metro
Adulta (30 anos): 1,61 metro
Idosa (70 anos): 1,59 metro
 
Você sabia?
 
Seu cérebro vai diminuir! Calma, mas não é agora, só depois dos 60 anos. Em geral, o cérebro de um idoso normal é ligeiramente menor que o do adulto jovem. Porém, há doenças degenerativas (Alzheimer é a mais comum) que provocam morte neural e atrofia maior que o normal. Esse encolhimento pode afetar funções relacionadas à mente como memória, linguagem, atenção, entre outras atividades. Pode causar também alterações de comportamento como apatia, depressão e alucinações.
 
Coluna vertebral
 
Praticamente todas as pessoas diminuem, em média, um centímetro por década a partir dos 40 anos. Aos 80, os homens estão aproximadamente 4 centímetros mais baixos do que quando tinham 20 anos; as mulheres, 8 centímetros. Mas atenção! Nem todo mundo encolhe esses tanto. Uma boa genética e um estilo de vida saudável são fundamentais para manter a estatura.

Fonte: SportLIFE
 
Consultoria:
Márcio Luiz Figueredo Balthazar, neurologista
Ricardo Munir Nahas, diretor da SBMEE (Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte)
Modelo: Amanda Silva
 
Fontes: Ana Escobar, pediatra; Hamilton Menezes endocrinologista pediatra
 

7 de dezembro de 2012

Atividades físicas para portadores de HIV/Aids

Sistema CONFEF/CREFs ajuda Ministério da Saúde a elaborar manual com orientações sobre atividades físicas para pessoas que vivem com HIV/Aids
 
É uma unanimidade que a atividade física, quando devidamente orientada, faz bem para a saúde de qualquer pessoa. E quando se fala nos cerca de 700 mil brasileiros que convivem com HIV/Aids, a unanimidade se torna ainda mais verdadeira. É para garantir melhoria de qualidade de vida a esse grupo especial que o Ministério da Saúde elaborou, com a colaboração do Sistema CONFEF/CREFs, o manual Recomendações para a prática de atividades físicas para pessoas vivendo com HIV e aids, lançado em junho.
 
Hoje em dia, com os medicamentos que garantiram um grande aumento de expectativa de vida dos portadores do vírus, a recomendação da prática de atividades físicas foi reforçada. “Começaram a ser identificadas outras doenças relacionadas aos efeitos dos medicamentos e da própria infecção pelo HIV no organismo, em longo prazo: aumento de colesterol, triglicérides, doenças cardiovasculares, diabetes, osteoporose são algumas patologias associadas. Nesses casos, a prática de atividades físicas está bem estabelecida há muito tempo, em relação ao papel preventivo e coadjuvante do tratamento, com todos os aspectos positivos na saúde física e mental”, conta Kátia Abreu, (foto na página 31) assessora técnica do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
 
A elaboração da cartilha começou em 2012, quando o Ministério montou um grupo de trabalho composto por profissionais de Educação Física, infectologistas, cardiologistas, ortopedistas, fisioterapeutas e técnicos do Departamento de DST, com a proposta de estabelecer recomendações para os profissionais de Educação Física orientarem a prática de atividades físicas para portadores de HIV/Aids. “Este grupo trabalhou durante um ano para estabelecer as recomendações específicas para a prática de atividades físicas indicadas para os portadores de HIV, a partir de trabalhos científicos publicados no Brasil e no exterior, além da experiência dos profissionais envolvidos no trabalho”, explica Kátia.
 
O Sistema CONFEF/CREFs foi convidado a participar desse grupo de trabalho e indicou a conselheira regional Cristina Calegaro (CREF 000030-G/DF – foto da página 30) como representante. “Trabalho há 16 anos com reabilitação cardiopulmonar e metabólica e atividade físicas para grupos especiais, por isso fui escolhida para representar o CONFEF, com intuito de mostrar a importância do Profissional de Educação Física na atuação da área da saúde”, relembra. “A relevância desse trabalho consiste na possibilidade de oferecer subsídios técnicos aos profissionais de Educação Física, e da saúde em geral, para o desenvolvimento de intervenções que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida e aptidão física das pessoas vivendo com HIV/Aids, visando à promoção da saúde e à prevenção de agravos”, reforça.
 
Projeto piloto
 
A intenção do Ministério da Saúde é que essas recomendações sejam conhecidas por todos os profissionais de Educação Física que ficarão nas futuras Academias da Saúde, que o Ministério está implantando em várias cidades brasileiras. Ações de capacitação utilizando o manual já estão acontecendo, em projetos piloto em Recife e Belo Horizonte. “Foram realizados módulos de sensibilização e capacitação específica das equipes de profissionais da Educação Física vinculados à rede pública de saúde. Os pilotos serão avaliados em setembro e, a partir desse resultado, será elaborada uma proposta de ampliação e continuidade desse programa de capacitações técnicas para várias capitais do país”, finaliza Kátia.
 
PARA SABER MAIS...
 
O manual Recomendações para a prática de atividades físicas para pessoas vivendo com HIV e aids está disponível para download gratuito em bit.ly/Manual-Aids.
 

Genética e atividade física

Estudos mostram a relação entre genética e desempenho esportivo, apontando o futuro da prescrição e orientação de atividades físicas.
 
Tema antes restrito aos filmes de ficção científica, o genoma humano vai se tornando mais um assunto atual do que uma promessa futura. Não levará muito tempo para que, com uma pequena amostra de pele, unha ou cabelo, possamos analisar informações genéticas de uma pessoa que definam o exercício ideal para contrabalançar suas potencialidades e deficiências. E é exatamente isso o que as pesquisas atuais no campo do Esporte e da Genética estão buscando.
 
O profissional Rodrigo Gonçalves Dias (CREF 059988-G/SP) é um desses pesquisadores que analisam a relação entre desempenho esportivo e o nosso DNA. Coordenador da linha de pesquisa “GENEs of HIGH performance”, parceria entre o InCor de São Paulo e a Polícia Militar do estado, Rodrigo estuda como o estímulo do treinamento físico modula o funcionamento dos genes. “Estamos identificando a “assinatura molecular” do treinamento físico, ou seja, dentre os cerca de 25.000 genes que compõem o genoma humano, quais sofrem expressivas alterações de expressão gênica com o treinamento”, descreve. Em outra etapa, os pesquisadores tentam entender por que indivíduos semelhantes apresentam diferentes graus de adaptações ao treinamento físico. “Trabalhamos na identificação de mutações genéticas que poderiam explicar o porquê de nossos sistemas fisiológicos não funcionarem de forma exatamente igual”, acrescenta.
 
E como essas pesquisas podem se traduzir em benefícios para a população? Ao obter as informações genéticas de uma pessoa, os profissionais de Educação Física poderão identificar, de antemão, em qual treinamento ela terá uma resposta melhor, aumentando consideravelmente a precisão na prescrição de exercícios físicos. “Esse conhecimento é fundamental para aqueles casos em que o exercício físico é utilizado como recurso não farmacológico, na prevenção e reabilitação de doenças”, exemplifica Rodrigo. Isso significa que, no futuro, poderemos analisar os dados genéticos de um aluno para montar uma planilha de treinos altamente personalizada, definir um plano de aula na Educação Física Escolar, ou, ainda, identificar e potencializar um talento esportivo. “Tudo no sentido de otimizar as respostas adaptativas, seja com o propósito de reabilitá-lo de determinada doença ou para fi ns competitivos. Este é o nosso maior desejo e estamos trabalhando para isso!”, enfatiza.
 
Doping genético
 
Todo avanço científico pode ser usado tanto para o bem como para o mal. Na área de genética e esporte não é diferente e é grande a discussão sobre o doping genético – o uso, eticamente distorcido, de uma técnica chamada “terapia gênica”, em que genes artificiais são introduzidos em pessoas doentes para fins estritamente terapêuticos. No caso do doping genético, esses genes sintéticos são injetados (ou transfundidos) no atleta com o objetivo de melhorar sua performance. Um exemplo seria o EPOr, um gene que define, em parte, a quantidade de hemácias no organismo. Um atleta que receba o EPOr artificial, com características de pessoas que tenham uma mutação nesse gene, apresentaria concentrações extremamente elevadas de hemácias no sangue e, assim, teria um desempenho superior. “Se já temos ou não atletas transgênicos desfilando pelas arenas de competição, opiniões serão apenas especulações. Ou seja, “achar” que um atleta fez o uso do doping genético, qualquer um acha. Até o presente momento, ninguém pode comprovar este detalhe”, pondera.
 
Essa é a grande questão atual do doping genético: ainda não há uma forma eficiente, simples e econômica de testá-lo. O problema foi levado a uma mesa de debates realizada no 1° Simpósio Brasileiro de Genômica e Esporte, organizado pela UNIFESP em junho deste ano. Os pesquisadores participantes trocaram ideias sobre os esforços e o alto custo para se desenvolver um método de detecção em fluido corporal – como, por exemplo, a urina – que pudesse ser reproduzido em larga escala, a um custo aceitável. “Entre os numerosos e importantes detalhes que dificultam a rápida implementação de testes pela Agência Mundial Anti-doping (WADA) estão os diversos genes alvos e as diferentes formas de introdução do gene sintético no organismo”, detalha Rodrigo. Apesar das dificuldades, o pesquisador acredita que nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, já será possível contar com testes para, pelo menos, alguns dos genes alvos do doping genético.
 
Rodrigo lembra que o uso da terapia gênica é muito experimental e, por isso, não tem como prever como o organismo humano pode reagir, o que torna o doping genético ainda mais perigoso. “Especulam se quais seriam, mas na realidade nem se imaginam, os reais danos de sua utilização em indivíduos saudáveis, muito menos em atletas de elite, em que muitas funções fisiológicas transcendem o da média da população”, alerta.
 
Cinco genes
 
Há cinco genes diretamente relacionados como desempenho do nosso corpo durante uma atividade física e que já passam por manipulação genética. São eles:
 
EPOr: hormônio produzido nos rins e no fígado, responsável pelo aumento das hemácias no sangue. Melhora a troca de oxigênio e eleva a resistência ao exercício físico.
 
IGF-1: proteína de fator de crescimento, regula o crescimento das células musculares e contribui para o ganho muscular.
 
VEGF: proteína de fator de crescimento endotelial vascular. Ela estimular a formação de vasos sanguíneos e ajuda a manter as células oxigenadas no tecido muscular após o exercício físico.
 
LEP: leptina, proteína produzida pelo tecido adiposo cuja uma das funções é a formação óssea.
 
MSTN: gene que modifica a miostatina (GDF- 8), proteína que, com a IGF-1, regula o crescimento muscular.
 

5 de dezembro de 2012

Como melhorar sua memória

Resumo
Descubra como os exercícios físicos podem ajudar a melhorar sua memória.
 
Para quem tem dificuldade em decorar nomes de ruas ou lembrar o que comeu no almoço, há sempre boas maneiras de ativar a memória, como jogar xadrez ou fazer exercícios de lógica. No entanto, pesquisadores do Laboratório de Neurociências do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos descobriram que os esportes também são úteis para o cérebro e ajudam a armazenar informações com maior facilidade. Isso mesmo! Abandonar o sedentarismo não serve apenas para adquirir a sonhada barriga tanquinho, mas também é um modo de deixar saudável um dos órgãos mais importantes do corpo.

Os efeitos são bastante positivos. “Além de aumentar a capacidade da memória, os exercícios dão mais equilíbrio, velocidade de raciocínio e coordenação motora”, ressalta Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE). As atividades físicas podem ser benéficas, ainda, ao aprendizado e à concentração. Isso acontece porque a prática esportiva promove uma melhor irrigação cerebral. “Há maior fornecimento de oxigênio e glicose, o que aumenta o número de conexões entre os neurônios”, explica o médico. Exercitar-se pode, inclusive, diminuir o risco de doenças de memória em idosos, como o mal de Alzheimer.

 
O indicado, de acordo com Souza, é praticar exercícios físicos todos os dias, em um período entre 30 e 60 minutos. Como nem sempre há tempo para isso, o especialista aconselha realizar atividades por, no mínimo, três vezes por semana, sempre com acompanhamento de um profissional.
 

Fonte:http://comunidade.bemsimples.com
 
 
Fonte:http://www.medicinadoesporte.org.br/midia_011212.htm

9 de novembro de 2012

Canela e pé são as maiores vítimas da corrida, mostra estudo

FaCanela, calcanhar e planta do pé são as maiores vítimas do impacto que ocorre na corrida –e não os joelhos, tão lembrados quando se fala em lesão de atletas.


É o que revela estudo pioneiro da Universidade Cidade de São Paulo publicado na “Sports Medicine”, da Nova Zelândia, revista que lidera o ranking internacional de publicações sobre ciência do esporte feito pelo “Journal Citation Reports”.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores analisaram 2.924 artigos. “Revisamos todas as pesquisas que descreveram as principais lesões em corredores”, diz Alexandre Dias Lopes, fisioterapeuta, professor da Unicid e coordenador de um grupo de pesquisas sobre o tema.

No final da peneira científica, que descartou textos redundantes ou com definições insuficientes, só oito estudos foram considerados. No total, acompanharam 3.500 corredores e constataram 28 tipos de lesão. As três principais são: síndrome do estresse medial da tíbia (canelite), tendinopatia de Aquiles (tendinopatia do calcâneo) e fascite plantar.




“Não dá para dizer qual é a principal. Essas três são as mais comuns”, diz Lopes, que supervisionou o estudo conduzido pelo mestrando Luiz Carlos Hespanhol Júnior.

Nos consultórios, também são as campeãs, diz Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte


São lesões causadas por sobrecarga, nenhuma é traumática (tipo pisar num buraco). Diferentemente do futebol, que machuca por macrotrauma, a corrida causa lesões por microtrauma de repetição. “Alguma estrutura biológica não aguenta o estresse e sofre inflamação”, diz Lopes.

Márcio Freitas, especialista em pé e tornozelo, acrescenta: “A causa principal dessas patologias é o excesso de treino, com pouco tempo de recuperação dos tecidos [osso, tendão, músculo]“.

Rogério Teixeira da Silva, ortopedista e coordenador do Núcleo de Estudos em Esportes e Ortopedia, bate na mesma tecla: “Uma das causas mais comuns de sobrecargas ósseas e de tendão é o músculo não estar forte o suficiente para suportar os treinos; no caso da fascite plantar e nas tendinites de joelho e de Aquiles, o encurtamento muscular também é uma causa importante”.

Quando a advogada Cinthia Andrade, 35, sentiu pontadas no meio da canela, achou que era cansaço.
Os sintomas surgiam nos treinos e eram amenizados quando ela, que corre há seis anos, reduzia a intensidade ou caminhava. Com o tempo, a dor passou a prejudicar seu desempenho.

“Em maio, numa prova de 10 km, tive de caminhar a partir do km 6. Em setembro, participei de outra e tive de caminhar já no km 3. Fico chateada porque estou preparada, mas não consigo desenvolver por causa da dor.”

Sem nunca ter deixado de treinar “”corrida até quatro vezes por semana mais bicicleta ao menos um dia–, resolveu enfim ir ao médico.

O exame indicou canelite nas duas pernas. Agora, ela começa nova etapa: fisioterapia, fortalecimento muscular, aplicação de gelo e redução do volume de treinos. Os resultados devem aparecer em um mês e meio.

A advogada quer acabar com a dor logo e se preparar para a São Silvestre, principal prova de rua do país.”Vou correr de qualquer jeito!”

Menos, Menos


O tratamento, pelo menos num primeiro momento, é sempre a redução do treinamento, tanto em volume (quilômetros rodados por semana) quanto em intensidade (ritmo). Há situações em que o corredor deve mesmo interromper seus treinos. E precisa tomar outras medidas.


“Além de fisioterapia, o paciente deve seguir um programa específico de treinamento, envolvendo alongamento e fortalecimento muscular. Como terapia complementar, a acupuntura, o RPG e a quiropraxia podem ser utilizados”, diz Moisés Cohen, diretor do Instituto Cohen de Ortopedia, Reabilitação e Medicina do Esporte.

Os resultados dependem da paciência da pessoa, nem sempre disposta a abrir mão de seu esporte, constata Freitas: “Nós, que tratamos corredores, ficamos muitas vezes de mãos atadas, pois essas lesões requerem um tempo de tratamento, o que não é aceito por eles e, muitas vezes, não temos tecnologia para abreviar esse tempo, que é determinado pela biologia, não pela opinião médica”.

Corredor deve evitar exagero para diminuir os riscos


A julgar pelas estatísticas, pelo menos metade dos corredores vai sofrer lesões relacionadas ao esporte em algum momento da vida.


Duas das maiores pesquisas citadas no trabalho de revisão coordenado pelo fisioterapeuta Alexandre Lopes mostram que 46% dos participantes de maratonas já se machucaram.

Para reduzir o risco de desenvolver patologias em consequência do hábito da corrida, os médicos consultados pela Folha recomendam algumas medidas.

“Aumentar os treinos (volume, frequência, intensidade) de maneira gradual e progressiva, realizar exercícios de fortalecimento muscular duas a três vezes por semana e fazer alongamentos” são algumas das indicações do médico Jomar Souza, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

Reduzir o peso corporal e usar “calçados adequados” também são fatores que podem diminuir o risco de lesões, segundo o ortopedista Moisés Cohen.

O tênis certo


O também ortopedista Márcio Freitas é mais específico: “A correção biomecânica dos eixos de força dos membros inferiores, com palmilhas e tênis adequados, é importante fator de prevenção; já o alongamento do pé e da panturrilha ajuda a evitar a fascite plantar”.


Freitas também recomenda, para evitar o impacto excessivo, o uso de tênis de amortecimento e de calcanheiras de silicone –além da alternância dos tipos de terreno da corrida.

O corredor deve, ainda, evitar o exagero nos treinos de “tiros” [corridas curtas em ritmo intenso] e não se apoiar demais no antepé, já que esses fatores aumentam a tensão na origem da fáscia plantar.

‘Desisti do tratamento, mas não de competir’, diz consultor de informática

 
Somente oito meses depois de ter sentido pela primeira vez uma pontada forte no calcanhar, o consultor de informática Elton Mendes de Souza, 53, foi ao médico.

“No treino, o tendão calcâneo esquerdo começou a doer. Sabia que era alguma coisa no tendão de Aquiles, mas achei que ia passar”, lembra.

O consultor Elton Mendes de Souza, que machucou os tendões, na academia onde treina, em São Paulo. Foto: Lucas Lima/Folhapress


Isso foi no início do ano passado. Apesar da dor, Souza seguiu com os treinos e até participou, em maio de 2011, da Comrades, prova de quase 90 km na África do Sul, que completou em 11h00min22.

Depois de a poeira baixar, enfim resolveu procurar um tratamento. “Inicialmente, fiz uma terapia com anti-inflamatórios. Mas a dor continuava. No final do ano, fiz umas 40 sessões de fisioterapia à base de choque e ultrassom.”

Mesmo assim, a dor não cedeu, o que fez com que Souza desistisse do tratamento. Em lugar disso, voltou a treinar forte: em janeiro deste ano, iniciou a preparação para mais uma ultramaratona (prova mais longas que a maratona) na África do Sul.

“Mas o meu tendão estava ali, presente. Em março passado, fiz outro tipo de fisioterapia com ultrassom (placas quentes) e laser. Mas a dor ainda persistia”, conta ele, que avalia: “Acho que era por causa do treinamento, pois eu não parei de correr”.

Na prova sul-africana, não sentiu dor, fechando a Comrades 2012 em 10h40. Ao voltar para o Brasil, não deu descanso: começou a treinar para a maratona do Rio, realizada em 8 de julho. Resultado: o outro calcanhar também começou a sofrer. “Mesmo com os dois tendões doendo, continuei os treinos até a maratona”, diz.

Depois da prova, decidiu suspender os treinos. “Parei por 63 dias, fiz umas 15 sessões de fisioterapia e também larguei: fiquei fazendo apenas exercícios para fortalecimento dos tendões.”

Começou a se sentir melhor e resolveu voltar aos treinos há pouco mais de 15 dias. “Ainda não está 100%, mas está bem melhor. Estou fazendo um novo tratamento fisioterápico”, diz Souza, que pratica corrida há três anos, já fez nove maratonas e quatro ultramaratonas.

‘Sinto desconforto, mas não quero deixar de correr’, diz jornalista de 45 anos


Já dura quase um ano a dor na planta do pé de Ricardo Capriotti, jornalista de 45 anos, corredor há 13.


Seu convívio com a fascite plantar começou em novembro do ano passado, com uma dor em forma de pontada na sola do pé, principalmente após treinos e provas.

Ricardo procurou um médico conhecido, que havia lhe dito que a terapia por ondas de choque apresentava bons resultados. “Eu já tinha usado esse tratamento para uma tendinite patelar [no joelho] e uma bursite trocantérica [na região do quadril].”

A primeira sessão de ondas de choque foi feita em dezembro do ano passado.

 
O jornalista Ricardo Capriotti, que tem lesão crônica no pé, se alonga em parque de São Paulo. Foto: Lucas Lima/Folhapress


“Parei por seis semanas com os treinos e as corridas, fazia apenas bicicleta com a ponta dos pés, na academia. Retornei à consulta em janeiro, e a dor persistia. Passei por mais uma sessão de ondas de choque e mais seis semanas sem atividade física, apenas a bike. Voltei ao consultório e a dor continuava.”

O médico resolveu, então, aplicar uma infiltração com corticoide. A dor sumiu imediatamente e a recomendação foi esperar 15 dias e retornar aos treinos gradativamente. “Foi o que fiz.”

Aproximadamente dois meses após a infiltração, Ricardo sentiu uma fisgada muito forte na sola do pé.

“Tentei continuar correndo, mas a dor não permitiu. Abortei o treino e fui procurar um ortopedista especialista em pé.” Após a ressonância magnética, o diagnóstico: rompimento da fáscia plantar.

O rompimento foi exatamente no local onde se costuma fazer a cirurgia em casos crônicos da doença e o prognóstico era positivo.

“Durante 40 dias passei por sessões de fisioterapia e acupuntura e então fui autorizado a retornar aos treinos.”

Desde agosto, Ricardo corre três vezes por semana e faz exercícios para fortalecer o “core” (músculos que sustentam a bacia, a pélvis e a coluna lombar), a panturrilha e os pés, além de musculação e alongamento.

“Ainda sinto desconforto, especialmente quando acordo pela manhã e coloco o pé no chão, mas não quero parar. Cansei de ficar longos períodos inativo e depois sofrer no retorno.”

Economista engordou 12 quilos depois que parou de correr


As lesões mudaram a vida do economista Angel Zaccaro Conesa, que há mais de 20 anos se dedica às corridas: “Fiquei sedentário”, exagera.


A dor no calcanhar direito apareceu há uns dez meses. Conesa achou que fosse uma torção e decidiu descansar. Depois de três meses parado, procurou um médico, que diagnosticou fascite plantar.

O tratamento foi conservador: alongamento, exercícios para a musculatura e suspensão dos treinos.

Os resultados demoraram a aparecer, e o economista de 58 anos só agora começa a voltar à atividade esportiva.

“A fascite surgiu depois de eu ter tido uma tendinite de quadril. Fiquei 14 meses sem correr e engordei mais de 12 quilos”, contabiliza.

Agora, no retorno, pretende ir com calma, “passito a passito”, como diz.

Depoimento: “Ficar parado dói mais do que a própria lesão”


Alexandre Nobeschi:


“Sinto falta da corrida e de tudo o que ela proporciona. E isso dói mais que a lesão. Os corredores estão aí para não me deixarem mentir.

Acho até que o Datafolha deveria fazer uma pesquisa com a seguinte pergunta: corredor, o que você faz quando está com dor?

a) Para de correr
b) Procura um médico e para de correr
c) Faz gelo, toma anti-inflamatórios e para de correr
d) Continua treinando

Não tenho dúvidas de que a letra “dê” prevaleceria. Bom, ao menos foi a resposta que dei quando a dor sugeria que havia algo errado.

Na primeira delas, uma canelite ignorada virou uma fratura por estresse.

No ano passado, numa meia maratona, “quebrei” no km 17. O joelho esquerdo não aguentou e completei a prova como um saci.

Evitei o médico, descansei por uma semana e voltei de mansinho. Não durou muito. Tive de buscar um especialista, e o exame indicou uma tendinite patelar e uma inflamação grave.

No estaleiro desde abril, meus tênis só me acompanham na fisioterapia”.




Por Rodolfo Lucena
Folha de São Paulo



 

5 de novembro de 2012

Correr previne o câncer de mama

Estudo revela que a corrida fortalece o coração e acelera o processo de recuperação

Não é de hoje que estudos demonstram que mulheres fisicamente ativas têm menores chances de ser vítimas do câncer de mama, o mais mortal dos tumores malignos entre a população feminina de todo o planeta. Ainda assim, no Brasil, as taxas de mortalidade por causa da doença continuam nas alturas — 12.500 mortes ao ano, em média, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
 
A novidade é que além de prevenir a doença, os esportes de alta performance, como a corrida, produzem nas mulheres já curadas do câncer uma espécie de barreira protetora, que impede a reincidência da doença, além de atuar a favor da saúde do coração delas. Motivos de sobra para tirar aquele tênis de corrida do armário. Bem, pelo menos é o que sugerem os cientistas do Sports Medicine Center de Florença, da Itália, autores de um estudo apresentado no encontro do The American College of Sports Medicine, nos EUA.

O trabalho mapeou por quatro anos a experiência de 30 atletas remadoras e ex-vítimas do câncer de mama. E a expectativa era de que o esporte apresentasse significativo impacto sobre o desempenho do miocárdio das pacientes. Teoria comprovada, uma vez que a frequência cardíaca de repouso delas passou a ser menor após os anos de treinamento.

A surpresa, porém, ficou por conta da descoberta de que atividades físicas adequadas, como a corrida e a caminhada rápida, permitem reduzir em 50% o risco de retorno do câncer de mama.

Segura, coração!

Para entender melhor a importância dessa pesquisa, basta lembrar que as pacientes que vencem a batalha contra a doença podem, por vezes, ser submetidas a medicações vigorosas e técnicas como quimio ou radioterapia, responsáveis por enfraquecer ainda mais a máquina do coração.

“Daí a importância dos bons resultados desse estudo, como a melhora do condicionamento cardiorrespiratório por meio da prática de atividades físicas intensas, como a corrida”, avalia o oncologista Artur Malzyner, do Hospital Israelita Albert Einstein, além de membro da European Society for Medical Oncology.

Essa, digamos parceria entre a atividade física e o coração funciona da seguinte forma: ao acelerar as passadas na pista, a corredora aumenta a eficiência do seu músculo cardíaco, permitindo que uma mesma quantidade de sangue seja bombeada por minuto, mas com menor número de batimentos do coração. E tem mais, o exercício intenso dá um up no sistema imunológico, também escalado na luta contra as células cancerígenas.

Corrida com musculação
 
Especialmente no controle da obesidade versus diagnóstico de câncer, o esporte de alto rendimento é um grande aliado da mulher.

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE), Jomar Souza: “O tecido gorduroso funciona como uma usina de substâncias tóxicas, inclusive em casos de câncer de mama”. Daí a importância de se manter o corpo magro, sequinho. Por isso, atualmente, a comunidade científica já bate o martelo para a ideia de que obesidade provoca o acúmulo de substâncias parentes da insulina no organismo, capazes de estimular a multiplicação sem controle de células malignas.

E com isso, além de reduzir o risco de doenças cardiovasculares, a corrida ajuda as vítimas do câncer a emagrecer e manter o peso, com o consequente fortalecimento da autoestima — o que afasta o risco de elas caírem em depressão. E de quebra, pode ser útil na recuperação física pós-cirurgia nas mamas, desde que aliada à musculação e ao pilates. A dobradinha corrida-musculação favorece o restabelecimento dos movimentos do corpo, dá força aos ombros e alivia a rigidez característica nas costas. Mas (atenção para o detalhe) só vale iniciar as séries e repetições sob orientação médica.

Retorno Gradual e Progressivo

A decisão de correr exige o aval de um oncologista, de um cirurgião plástico e de um médico do esporte. E não se pode ter pressa, sob o risco de queda do sistema imunológico. Com a liberação em mãos, de quatro a seis meses após o tratamento, o retorno deve ser gradual e progressivo. Assim, os sistemas cardiovascular, respiratório e musculoesquelético têm chance de se (re)adaptar às exigências do exercício.

“O esporte competitivo não pode ser retomado imediatamente à fase final do tratamento, já que as pacientes ainda estão imunocomprometidas, e o treinamento intenso pode acentuar essa queda do sistema imunológico”, alerta Raphael Fraga, cardiologista do Hospital Samaritano. Além disso, o retorno desorganizado pode causar má cicatrização, sobrecarga cardiovascular, arritmias, exaustão precoce, distensões musculares e até fraturas. Já com o organismo preparado para encarar as atividades físicas, mulheres que sofreram com o câncer de mama podem encarar a corrida com a mesma energia com a qual enfrentaram o difícil tratamento.

E as outras, que não tiveram que enfrentar essa difícil batalha, devem ficar de olho na prevenção, avançando nos treinos e deixando para trás o risco de fazer parte das estatísticas de vítimas da doença.
 
Corra desses números

- Em 2012, estima-se que haverá 52.680 novas vítimas do câncer de mama.

- As estatísticas apontam 52 casos para cada 100 mil mulheres.

- O esporte de alto rendimento é um grande aliado da mulher no controle da obesidade — e, portanto, na prevenção do câncer de mama.

(Fontes: Artur Malzyne, consultor científico da Clínica de Oncologia Médica, médico do Hospital Israelita Albert Einstein e membro da European Society forem Medical Oncology; Jomar Souza, médico pós-graduado em medicina do esporte pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e atual presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE); e Raphael Fraga, cardiologista do Hospital Samaritano.)

(Matéria publicada na revista O2 nº113, setembro de 2012)

 
 

8 de outubro de 2012

Pra ter uma vida saudável é preciso de suplementos?

Eles estão na moda. Mas antes de correr até a farmácia mais próxima para comprar o seu, faça o teste e descubra se é realmente necessário lançar mão deles ou se a alimentação já supre suas necessidades diárias

Cada vez mais populares, os suplementos de vitaminas e minerais fazem parte da rotina de milhões de pessoas em todo o mundo. A função dessas pílulas é suprir a deficiência de certos nutrientes de que o corpo precisa.

Se bem empregadas, elas melhoram o rendimento no trabalho, nos estudos e nas atividades físicas, além de garantir maior disposição para realizar tarefas cotidianas. Adultos, crianças e até idosos podem consumi- las, desde que sejam prescritas por um médico ou nutricionista.

O endocrinologista Carlos Alberto Cruz Mello, de São Paulo, diz que os suplementos são indicados para remediar as carências nutritivas de quem se alimenta mal ou de atletas que não conseguem repor o que foi gasto apenas com a alimentação.

"Seu uso deve ser feito em situações especiais, como deficiência causada por doença ou situação momentânea de saúde. Esportistas com grande carga também são candidatos", explica Israel Adolfo Busto, nutricionista do esporte e especialista em fisiologia do exercício, de São Paulo (SP).

Nutrientes em falta
Com os cuidados necessários, a suplementação pode ser aliada da boa saúde, fazendo os processos metabólicos que usam vitaminas e minerais funcionarem perfeitamente. Quando esses nutrientes estão em falta, o corpo age mais lentamente, e só não para porque há um estoque.

Apesar de os nutrientes em forma de pílula estarem na moda, especialistas em nutrição são unânimes em dizer que a suplementação não substitui a ingestão de frutas, verduras e legumes de três a seis porções por dia. Eles contêm naturalmente todas as substâncias que o organismo precisa. Por exemplo: figo, abacaxi, beterraba, alcachofra, abacate e quiabo são ricos em magnésio; a banana tem muita vitamina B6; enquanto todas as frutas consumidas com casca, como maçã e pera, possuem fibras.

"Os complementos oferecem quantidades altas - totais ou acima da recomendação - de nutrientes. Associados à alimentação, podem gerar uma ingestão excessiva que causa riscos ao organismo", explica o nutricionista clínico e esportivo Patrick Lima, de São Paulo (SP). Entre os problemas que a ingestão desnecessária de suplementos pode trazer estão: toxidade, falha na absorção de outras vitaminas e minerais, acne, seborreia, esterilidade, saturação dos rins e do fígado e estresse no sistema cardiovascular.

Por isso, nada de se render a modismos ou comprar aquela cápsula que está fazendo milagres pela saúde de uma amiga. Além dos danos físicos, pesquisas da American Academy of Orthopaedic Surgeons (AAOS) indicam que os suplementos em excesso podem causar agressividade, mudanças de personalidade, euforia, depressão, agitação e insônia, além de agravar doenças preexistentes.



Quem precisa deles
O nutricionista do esporte Israel Adolfo Busto esclarece para quem e quando é recomendada a ingestão de suplementos

Crianças: devem recorrer aos suplementos desde que estejam com carências nutricionais, como anemia por deficiência de ferro.

Grávidas: geralmente nessa fase é necessária a suplementação de alguns elementos, como o ácido fólico, primordial para a formação do sistema nervoso, e o ferro, para a produção de hemoglobina.

Idosos: podem usar suplementos quando sofrem por doenças causadas devido a carências nutricionais, como é o caso da osteoporose, que ocorre pela baixa ingestão de cálcio.

Mulheres na menopausa: a prevenção deve começar antes dessa fase, que ocorre por volta dos 45 anos. Quando isso não é feito, é necessária a complementação de cálcio, pois sua falta pode acabar culminando com a osteoporose.

Vegetarianos: podem sofrer deficiências de vitaminas contidas na carne, como as do complexo B, mais especificamente a B12. Ela pode ser reposta com suplementação ou com alimentos específicos, como o lêvedo de cerveja.


Teste seu organismo

Dentre tantas opções disponíveis nas prateleiras das farmácias, como saber qual é a melhor? Só um médico ou nutricionista é capaz de avaliar as necessidades de cada pessoa, afirma Jomar Souza, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE).

Segundo o farmacêutico Adriano Dias Garrido, de São Paulo (SP), além de uma anamnese, exames físicos e laboratoriais são necessários para determinar as deficiências e a melhor forma de reposição. Assim, é possível dizer qual suplemento deve ser tomado, por quanto tempo, o horário de consumo e o intervalo de descanso, se necessário.

Você precisa tomar suplementação?
A nutricionista Paula Fernandes Castilho, capacitada em fitoterapia e nutricosméticos, de São Paulo (SP), elaborou um teste rápido e prático para avaliar se seu organismo anda precisando de algum nutriente. Descubra agora!

1. Após realizar pequenos esforços, você observa que fica pálida e que se sente cansada e com a respiração ligeiramente curta?
a) Sim, frequentemente
b) Às vezes
c) Nunca

2. Seu cabelo costuma cair com frequência?
a) Ele cai todos os dias e em grandes quantidades
b) Só quando eu os lavo
c) Não, cai pouco e raramente

3. Suas mucosas ficam inflamadas?
a) Sim, frequentemente sinto algum tipo de dor
b) Às vezes, principalmente quando estou gripada ou resfriada
c) Raramente

4. Sua saliva costuma ficar grossa ao longo do dia?
a) Sim, tenho essa sensação mais de três vezes por semana
b) Às vezes, principalmente de manhã, quando acordo
c) Não

5. Ao observar as unhas, você percebe que elas têm o formato de colher?
a) Sim
b) Não, mas percebo que elas ficam amareladas
c) Não

6. Olhando-se no espelho, você percebe algum tipo de mancha em suas retinas?
a) Sim, frequentemente
b) Sim, às vezes
c) Não

7. Você tem prisão de ventre e fica dias sem ir ao banheiro?
a) Sim, frequentemente
b) Somente durante o período em que estou menstruada
c) Não sofro desse problema, meu intestino costuma funcionar regularmente ou todo dia


8. Você fica resfriada com certa frequência?
a) Sim, independentemente da mudança do clima
b) Às vezes, quando não me alimento direito
c) Quase nunca. Tenho uma saúde "de ferro"

9. Você notou o aumento da incidência de acne espalhada pelo corpo ultimamente?
a) Sim, cravos e espinhas surgem com frequência em várias partes do corpo
b) No rosto, principalmente no período pré-menstrual
c) Raramente tenho cravos e espinhas pelo corpo

10. Seu dentista percebeu o aumento do número de cáries?
a) Sim. Além disso, sinto minhas gengivas inflamadas
b) Não mais do que o normal
c) Há tempos não tenho cáries

Resultado

Maioria A
Cuidado! Você pode estar com sérias deficiências de nutrientes fundamentais ao bom funcionamento do organismo, como ácido fólico, cobre, ferro, selênio, zinco e vitaminas A, B2, B12, C, D e E. Aumente o consumo de água e procure um endocrinologista ou um nutricionista com urgência para rever seus hábitos alimentares e verificar a necessidade de usar suplementos vitamínicos.

Maioria B
Você está no caminho certo!
Sua alimentação supre a maioria das necessidades do seu corpo, mas algumas melhoras ainda podem ser feitas. Capriche no consumo de frutas e legumes de cores variadas, de três a seis porções por dia, e não se esqueça de ingerir ao menos 2 litros de líquidos diariamente.

Maioria C
Parabéns! Você mantém uma alimentação balanceada, rica em fibras, proteínas, carboidratos e líquidos. Continue cuidando da sua saúde e não deixe de consultar um médico regularmente para fazer os exames de rotina.



Quando faltam vitaminas

Saiba quais são as funções dos principais suplementos, para quem são indicados e quais as fontes naturais para suprir as nossas necessidades diárias

Ácido fólico
Função: previne anemia. Em humanos, estudos científicos não comprovaram efeitos colaterais por ingestão excessiva.
Suplementação: indicada durante a gestação e quando há deficiência alimentar.
Fontes naturais: coma de cinco a seis porções semanais de feijão, laranja, amendoim, espinafre e soja.

Vitamina B12
Função: formação de glóbulos vermelhos e manutenção da saúde dos nervos, da pele, dos olhos, do cabelo, do fígado e da boca. Sua ausência pode provocar anemia e seu excesso induz o aparecimento de acne e diarreia.
Suplementação: para dietas vegetarianas restritivas.
Fontes naturais: consuma de seis a oito porções semanais de carnes, peixes, ovos, leite, cereais integrais e lêvedo de cerveja.

Cálcio
Função: manter ossos e dentes saudáveis. A ingestão acima de 2 g por dia pode gerar hipercalcemia, doença causada pela presença excessiva de cálcio em tecidos moles, e constipação.
Suplementação: durante a gestação e quando há deficiência alimentar e de absorção.
Fontes naturais: adicione de sete a oito porções semanais de laticínios, peixes, como a sardinha e vegetais folhosos.

Vitamina D
Função: ajudar na absorção do cálcio pelo organismo. O excesso pode causar dor de cabeça e também náuseas.
Suplementação: na gestação e quando há deficiência alimentar.
Fontes naturais: consuma de nove a dez porções semanais de vegetais, carnes, iogurtes, frutos do mar, nozes e gema de ovo.

Ferro
Função: essencial para a formação da hemoglobina, que transporta oxigênio para o corpo, e de enzimas. A ingestão por tempo prolongado causa vômitos, diarreia e lesões intestinais.
Suplementação: na gestação e quando há deficiência alimentar e de absorção pelo corpo.
Fontes naturais: inclua na alimentação de sete a oito porções semanais de fígado, carnes, lentilha e gema de ovo.

Polivitamínicos
Função: conjunto de vitaminas e sais minerais que possuem micronutrientes essenciais ao organismo. O consumo em excesso normalmente não traz nenhuma toxidade.
Suplementação: alcoólatras, fumantes, pessoas que utilizam laxantes em excesso e atletas de alto rendimento. Indicados para pessoas que não consomem frutas e vegetais e quando há deficiência de vários nutrientes.
Fontes naturais: frutas variadas, consumidas de 3 a 6 vezes por dia, e hortaliças, de 3 a 5 porções. Quanto mais colorida for a variedade de consumo, mais vitaminas diferentes possuem.

Colágeno
Função: melhora a elasticidade da pele, combate o envelhecimento precoce e melhora a cicatrização. Não pode ser consumido em excesso, pois pode causar dores e inchaço das juntas.
Suplementação: pessoas com falta de elasticidade na pele. O pescoço e as mãos são os principais locais.
Fontes naturais: laranja, linhaça, acerola, azeite, carne e quinoa.



 

Dor na Coluna tem Cura! Saiba como resolver o Problema

Segundo pesquisa, 64% dos brasileiros já tiveram dor nas costas; saiba como resolver e evitar o problema

Quem nunca sentiu dores na coluna pode se considerar um privilegiado. Afinal, segundo estimativa da OMS (Organização Mundial da Saúde), oito em cada dez pessoas em todo o mundo sofrerá ao menos um episódio de dor nas costas durante a vida.

No Brasil, uma pesquisa realizada em 2008 pela Pfizer e pelo Ibope, com 1,4 mil brasileiros, revelou que 64% deles já tiveram dores nas costas. Ela é considerada a mais incômoda para 53% e a mais grave para 56% dos entrevistados. O levantamento também apontou que a dor na coluna tem presença constante na vida de 80% das pessoas e, para 69%, ela é crônica, pois ocorre há mais de um ano.


“A dor nas costas prejudica a qualidade de vida. A pessoa não descansa bem durante a noite, sente desconforto durante o dia e não consegue trabalhar e nem desempenhar outras funções adequadamente”, afirma o ortopedista da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e diretor clínico do Cemed (Centro Médico Delta), Walter Yoshinori Fukushima.

A dor na coluna pode atingir qualquer indivíduo, independente da idade. As principais causas são má postura e sedentarismo. Porém, outros fatores também podem provocar o problema, como obesidade, acidentes, hérnia de disco, osteoporose, exercícios realizados de forma errada e até problemas psicológicos, como depressão, estresse e ansiedade, já que tencionam os músculos da região.

Mas antes de se automedicar, é importante realizar uma consulta médica, pois as causas podem ser outras – e às vezes, bem mais graves. “Alguns tipos de câncer intra-abdominal podem causar dores lombares, eventualmente até com metástase para os ossos da coluna”, completa o especialista em Medicina do Exercício e do Esporte e Presidente da SBMEE (Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte), Jomar Souza.

Desvios posturais
Hábito comum entre crianças e adolescentes, sentar-se de forma errada para ler, estudar e assistir à televisão é prejudicial à coluna – e não apenas implicância de mãe. A má postura provoca desvios na coluna, sendo os mais comuns a escoliose, a hipercifose dorsal e a hiperlordose lombar.

A escoliose é o desvio lateral do eixo da coluna, formando uma sinuosidade em forma de “S”. A hiperlordose lombar é um aumento anormal da curva lombar, levando a um aumento da lordose fisiológica e dando o aspecto de “bumbum empinado”. Já a hipercifose dorsal é a famosa “corcunda”, ou seja, um aumento anormal da concavidade posterior da coluna vertebral, causando arqueamento.

Ao longo do tempo, a postura incorreta causa enrijecimento e lesões nas articulações vertebrais e encurtamento dos músculos. Em casos mais graves, pode provocar hérnia de disco e dor ciática, entre outros problemas.

“As hérnias de disco podem ser causadas por um trauma ou mesmo pelo enfraquecimento do invólucro da parte
gelatinosa do disco. O disco herniado pode comprimir o nervo ciático causando dor lombar com irradiação para um
ou ambos os membros inferiores. O tratamento inicial costuma ser com analgésicos, anti-inflamatórios e fisioterapia, mas os casos mais graves podem necessitar de cirurgia”, esclarece o presidente da SBMEE.



Dor na coluna tem cura

Para quem sofre de dores na coluna, uma boa notícia é que o problema tem cura. “Tem cura sim, desde que identificado e tratado o responsável pela dor. Na grande maioria dos casos, exercícios físicos bem orientados e fisioterapia costumam resolver o problema”, afirma Jomar Souza.

Segundo o ortopedista da FMABC, as atividades físicas mais indicadas são natação e hidroginástica, “porque não há força da gravidade sobre a coluna.” No entanto, até musculação pode ajudar, desde que a dor não esteja em uma fase aguda e que os exercícios sejam dirigidos por um profissional de educação física. “A musculação proporciona fortalecimento muscular. Os exercícios mais indicados são os realizados com os membros superiores, alongamentos e core”, comenta o professor da academia de musculação da Associação Rogério Carlos Soeltl.

O advogado Ricardo Mitsuo Tariki, 37 anos, sentia dores na região lombar todos os dias, relacionadas à má postura e ao sobrepeso. “Como passo muito tempo sentado, de forma errada, no fim do dia eu tinha muita dor”, relata.

Há cerca de dois meses, ele associou dieta à musculação e ao alongamento na academia do clube. “Em um mês eu praticamente já não tinha
mais dor na região lombar. Durante o dia, procuro fazer alguns exercícios de alongamento que aprendi na academia e manter a postura correta”,
conta.

Além da atividade física, algumas terapias ajudam a melhorar a qualidade de vida de quem sofre dores na coluna. Segundo a fisioterapeuta Cristiane Ceccato, as mais indicadas são RPG (Reeducação Postural Global) e hidroterapia. “A hidroterapia entra em um momento de severa inflamação, eliminando o quadro inflamatório e a dor crônica. Já o RPG promove relaxamento muscular, eliminando a dor. Ele é o único capaz de realizar uma pompage nas vértebras da coluna, tracionando-as e recuperando o quadro clínico”, esclarece.

A aposentada Márcia Secol, 53 anos, possui hérnia de disco e dor ciática na região lombar e lesão na coluna cervical. Há um ano e meio, ela começou a fazer hidroterapia na clínica Ceccato, e, há quatro meses, iniciou sessões de RPG. “Nas crises, eu não conseguia ficar dez minutos em pé. Ainda sinto dores, mas melhorei uns 80%”, conta a associada. Para quem deseja evitar problemas mais sérios, como os de Márcia, alguns cuidados precisam ser incorporados
à rotina. “Mantenha uma postura ereta; durma de lado com um travesseiro apoiando a cabeça e outro entre os joelhos; evite carregar ou movimentar objetos acima de 20% do peso corporal total; faça exercícios e alongamentos regularmente; e evite o sobrepeso e a obesidade”, orienta Jomar Souza.


 

22 de agosto de 2012

5 táticas para um supercoração

As evoluções da ciência mais importantes para ajudar seu sangue a fluir como nunca!
 
Ano novo. O verão bomba. A vida também. Em janeiro, impera o clima de curtição – você quer sair mais, namorar mais, festejar mais, certo? Este também é o mês em que você esbanja vontade para emplacar melhorias no trabalho, no relacionamento, na rotina. Para fazê-las reais, já e ao longo de 2012, ter boa saúde é condição indispensável. Você precisa estar com o coração forte. Por isso, tratamos de garimpar, e aqui expor, as estratégias cada vez mais certeiras que a ciência vem traçando tanto para evitar problemas como parar tratar um coração já capenga. Infarto, insuficiência coronariana, arritmia cardíaca (leia mais sobre ela na reportagem seguinte)… “Falamos das principais causas de morte entre homens, principalmente a partir dos 35 anos e com índices elevados também por volta dos 60”, diz Mário Maranhão, médico, professor de cardiologia da Universidade Federal do Paraná (Ufpr) e consultor da MH. Pesquisas aperfeiçoaram o que já se sabia sobre isso. Confira os cinco pontos-chave dessa evolução para turbinar sua saúde cardiovascular e aproveitar ao máximo este verão, o ano inteiro e todos os próximos.
 
1. Sua matemática
 
Ponto de partida: mensure o risco

Nos últimos cem anos, cientistas buscaram prever a ocorrência de doenças cardíacas usando certos números. O chamado Escore de Framinghan, por exemplo, é um algoritmo que leva em conta idade, pressão sanguínea, colesterol e outros fatores que provocam, ou agravam, problemas no coração.
 
Some a regra moderna: amplie a equação

O Framinghan não considera histórico familiar, estilo de vida e índice de massa corporal (IMC). Segundo pesquisa no periódico britânico BMC Medicine, cerca de um terço das panes cardíacas acontece com pessoas consideradas de baixo risco por modelos comuns de previsão. “Framinghan é ferramente extra: não substitui dados familiares, exame clínico e avaliação isolada ou combinada de outros fatores de risco – tabagismo, sedentarismo”, diz Maranhão. Tenha hábitos saudáveis e faça check-ups todo ano. “Verifique pressão (para ver o funcionamento dos vasos sanguíneos), colesterol (o tipo LDL pode entupir artérias), triglicérides (gorduras que prejudicam artérias), glicemia (taxa de açúcar no sangue)”, recomenda. “Quem tem problemas em tais índices, ou histórico de doença cardíaca, deve fazer check-up a cada seis meses.”

 
2. Sua malhação
 
Ponto de partida: treinos intervalados

Natação, corrida… Esportes aeróbicos são ótimos ao coração. Ainda mais com momentos de alta intensidade (você atinge 90% ou mais da sua frequência cardíaca máxima) intercalados com períodos de repouso (passivo ou ativo): isso aumenta, com o tempo, a eficiência do seu coração. Após fazer esses treinos intervalados, os participantes de um estudo publicado no International Journal of Sports Medicine melhoraram a força de contração cardíaca que impulsiona o sangue em 23%; e o volume máximo de oxigênio no pulmão (VO2 máximo), ou seja, o fôlego, em 17%. “Alguém com VO2 máximo alto tende a possuir menor risco de desenvolver doenças metabólicas e cardíacas”, diz Conrad Earnest, diretor de biologia do exercício do Centro Pennington de Pesquisa Biomédica (EUA). Exemplos de treino intervalado: nadar tiros de 100 metros e descansar 30 segundos entre eles; alternar um minuto de corrida na potência máxima com um minuto de trote.

 
Some a regra moderna: levante peso

Conquiste benefícios cardíacos adicionais pondo um programa de resistência junto da rotina aeróbica. Segundo estudo no Journal of Strength and Conditioning Research (EUA), o levantamento de peso pode melhorar o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo, o que reduz a carga de trabalho do coração. Na musculação, aposte no treino em circuito (fazer uma série de cada exercício em sequência sem pausas – você descansa um pouco após completar um ou mais circuitos desse), alternando grupos musculares. “Com uma atividade muscular quase contínua, você eleva a frequência cardíaca e agrega vantagens ao coração”, afirma José Kawazoe Lazzoli, cardiologista de Petrópolis (RJ) e diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBMEE). Mais: aumentar seus músculos auxilia a diminuir o colesterol e o peso – massa magra em repouso gasta mais energia que gordura em repouso.
 
3. Seu estado de espírito
 
Ponto de partida: despache o estresse

O emprego que faz você trabalhar 60 horas por semana pode mandá-lo para o topo da carreira – e também ao pronto-socorro. Segundo artigo no jornal internacional Stress, pesquisadores mediram o nível do hormônio do estresse, o cortisol, em amostras de cabelo de 56 homens já hospitalizados por ataques do coração e de 56 homens hospitalizados por outros motivos. Resultado: as vítimas de pane cardíaca tinham o nível de cortisol um terço maior. “Tensões emocionais ainda elevam a adrenalina e a noradrenalina (hormônios também ligados ao estresse), favorecendo a contração das artérias e a formação de coágulos sanguíneos”, afirma Mário Maranhão, consultor da MH. Se você anda estressado demais, considere engatar mudanças na vida. Para começar: “Tire férias de verdade, passe um tempo sem ler e-mails e invista em seus hobbies preferidos”, sugere Daniel Magnoni, cardiologista e nutrólogo do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo.

 
Some a regra moderna: lime tristeza também

Pesquisadores da Universidade Washington (EUA) concluíram que ficar deprimido aumenta o risco de problemas no coração mais que a genética favorável a eles. “A depressão eleva de duas a quatro vezes a chance de ter um ataque cardíaco”, afirma Maranhão. Fazer esporte e sair com os brothers ajuda você a se livrar de uma depressão leve. Se ela for pesada, procure um terapeuta para ajudá-lo.

 
4. Seu cardápio
 
Ponto de partida: coma fibras

Aveia, cevada e psílio também ajudam a reduzir o nível do colesterol ruim (LDL). Cevada e aveia contêm betaglucanas, fibras solúveis que evitam que o LDL seja absorvido e vá para o sangue. O psílio, encontrado em cereais e suplementos, faz o organismo excretar mais ácido biliar – e o LDL é convertido nesse fluido digestivo.

 
Some a regra moderna: beba tomate

Pessoas que beberam um copo e meio de suco de tomate e comeram duas colheres (sopa) de ketchup por dia, durante três semanas, reduziram os níveis de LDL em cerca 8,5%, segundo pesquisa no British Journal of Nutrition. Mas se ligue: escolha ketchups e sucos de tomate com baixo teor de sal, pois o sódio pode elevar a pressão sanguínea.

 
5. Sua medicação
 
Ponto de partida: Faça exame de sangue

A prescrição de comprimidos de estatina é padrão para reduzir colesterol. Em pessoas com risco de doenças cardíacas, eles podem diminuir a chance de ataque do coração em até 30%, segundo o British Medical Journal. Para decidir se o paciente deve usar as pílulas, muitos médicos pedem o exame de sangue que mede a proteína C reativa ultrassensível: o organismo fabrica mais dela quando há inflamação, que é causada pelo acúmulo de placas nas artérias – e o colesterol pode ser o culpado disso. “Hoje, doenças crônicas – como as do coração – são consideradas doenças inflamatórias”, explica Maranhão. Portanto, esse exame de sangue também deve constar no seu check-up.

 
Some a regra moderna: confirme na tomografia

O colesterol, no entanto, nem sempre é a única razão da inflamação. Artrite ou sinusite, por exemplo, também podem causá-la no interior do corpo. Se você tem níveis elevados de LDL e de proteína C reativa ultrassensível, cogite com seu médico fazer uma tomografia computadorizada. O exame permite ver, em detalhes, se o acúmulo de placas nas artérias é de fato o problema – e se a prescrição de estatinas é mesmo necessária.
 
O que seu peito está dizendo*

Quando ele emite estes alertas, é melhor ir ao pronto-socorro

 
Dor aguda

É no centro do peito e às vezes se irradia à mandíbula e aos membros superiores. Pode indicar infarto ou pericardite, inflamação da capa protetora do coração.
 
Aperto intermitente

Sensação de pressão no peito que vai e volta e piora com esforço físico. Pode ser angina – bloqueio moderado nas artérias que levam sangue ao coração.

 
Aperto súbito e intenso

Difere do anterior por ser muito mais forte – e, por vezes, vir junto a suor excessivo e náusea. Pode significar a manifestação inicial de uma doença coronária e caracterizar um infarto. Ou uma doença da aorta, refluxo, gastrite e esofagite.